O trauma é uma resposta emocional e fisiológica a uma experiência extremamente estressante, ameaçadora ou dolorosa. Caso não seja tratada, essa condição pode acarretar diversas consequências físicas e mentais, que em alguns casos podem ser irreversíveis. De acordo com um estudo divulgado durante uma palestra da American Society on Aging (Sociedade Americana para o Envelhecimento), cerca de 90% dos indivíduos vão enfrentar pelo menos um evento traumático em sua existência.
Segundo a neurocientista da BrainEstar, Drª Emily Pires, no cérebro o trauma é registrado em diversas áreas, principalmente no hipocampo, amígdala e no córtex pré-frontal. “Situações traumáticas podem causar mudanças profundas e, em alguns casos, deixar sequelas duradouras no cérebro.
O trauma crônico ou intenso pode levar a alterações na estrutura e na função cerebral, afetando áreas como o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal, responsáveis pela memória, pela regulação emocional e pela tomada de decisões”, explica a neurocientista, acrescentando que essas experiências traumáticas podem alterar a química cerebral e até mesmo a conectividade entre as áreas neurais.
“Os traumas podem levar a sintomas como hipervigilância, resposta exacerbada ao estresse, ansiedade, dificuldade de concentração, entre outros. Essas alterações afetam o cotidiano, influenciando o comportamento, o humor, o sono e as relações sociais. É como se o cérebro permanecesse ‘em alerta’, percebendo ameaças mesmo em situações seguras. Essas alterações podem fazer com que a lembrança traumática persista de maneira vívida e difícil de controlar”, esclarece.
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Essas sequelas no cérebro podem ser identificadas através do eletroencefalograma quantitativo (qEEG), também conhecido como ‘mapeamento cerebral’. “O qEEG pode ajudar a identificar padrões de atividade cerebral atípicos em pessoas que passaram por situações traumáticas.
Comumente, observamos uma hiperatividade em ondas rápidas (beta e alfa beta) em regiões associadas ao sistema límbico, bem como uma desregulação de ondas lentas (como o teta) em regiões frontais. Esses padrões indicam uma resposta de estresse e uma dificuldade de regulação emocional”, comenta Emily Pires.
De acordo com o especialista em neurofeedback e diretor técnico da BrainEstar, Profº Faria Pires, tratar o trauma é essencial para evitar que essas experiências continuem a afetar negativamente a vida da pessoa. “O trauma não tratado pode levar a problemas de saúde mental, como depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e até problemas físicos devido ao estresse crônico”, relata.
Uma alternativa eficaz para ajudar o cérebro a regular e reorganizar essas atividades desbalanceadas é através do tratamento com o Neurofeedback. “Com o Neurofeedback o paciente aprende a modular as ondas cerebrais, promovendo uma ativação adequada em regiões afetadas pelo trauma. Isso ajuda a reduzir sintomas de ansiedade, melhorar a qualidade do sono, regular emoções e diminuir a hipervigilância”, afirma.
Essa técnica tem comprovação científica e eficácia comprovada por pesquisadores de diversos países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá. O Neurofeedback também é utilizado pela comunidade médica em geral como um apoio para diagnósticos e tratamentos de doenças.
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