Diagnósticos de autismo crescem 48% no Brasil

Existem no Brasil, atualmente, 36 mil alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), segundo dados oficiais do Censo Escolar 2023, publicado em fevereiro de 2024.

Houve um aumento de 48% no número de alunos com autismo em apenas um ano. No ensino superior, o crescimento também é expressivo, mais de 6 mil estudantes autistas estavam matriculados em universidades no último ano, um aumento de 500% em relação a 2017. 

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De acordo com os dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o crescimento de diagnósticos foi exponencial ao longo das décadas: em 1970, 1 em cada 10 mil crianças eram diagnosticadas com autismo; em 1994, esse número passou para 1 em cada 1.000; e, em 2023, chegou a 1 em cada 36 crianças.

Esse aumento expressivo nos diagnósticos pode ser explicado por uma combinação de fatores. Houve uma evolução significativa nos critérios diagnósticos, permitindo a identificação de casos mais leves que antes passavam despercebidos. Além disso, a conscientização da população e a redução do estigma têm levado mais pessoas a procurarem avaliações especializadas.

As ferramentas de percepção tem melhorado e não um aumento real na prevalência do autismo e outras neurodivergências. Antes, muitos casos não eram diagnosticados, especialmente aqueles com manifestações mais sutis. Além disso, houve algumas mudanças nas classificações ao longo do tempo, incluindo novos perfis dentro dos transtornos do espectro autista.

O impacto do diagnóstico tardio também é um ponto de atenção. A ausência de um diagnóstico precoce pode dificultar o desenvolvimento acadêmico e emocional dos estudantes. Nas universidades, o aumento do número de diagnósticos também tem relação com as políticas de inclusão.