O dia 26 de janeiro marca o Dia Mundial de Combate à Hanseníase, reforçando a campanha Janeiro Roxo, voltada para a conscientização e o enfrentamento dessa doença infecciosa e curável. Apesar de avanços na medicina, o preconceito ainda é um desafio para pacientes diagnosticados.
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A hanseníase, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta a pele e nervos ao longo do corpo, apresenta sinais iniciais que podem passar despercebidos ou ser confundidos com outras condições dermatológicas. O principal sintoma é o surgimento de manchas na pele, que podem ser claras, avermelhadas ou escuras, e geralmente insensíveis ao toque.
“Muitos pacientes demoram a buscar ajuda porque acreditam que as manchas são apenas marcas de sol ou alergias. No entanto, esse é o principal alerta da hanseníase e deve ser investigado imediatamente”, explica o Orlando Jorge da Conceição, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, da Rede D’Or.
Após período de incubação, a doença se manifesta em média, em dois a sete anos, sem distinção de idade ou gênero. Os sintomas, que podem ocorrer em diferentes graus, incluem ainda formigamento ou dormência em mãos, pés e outras áreas do corpo; redução de pelos e diminuição do suor nas áreas afetadas; perda de força muscular; presença de caroços ou nódulos; e dificuldade para movimentar pálpebras ou mãos.
Sem tratamento, a hanseníase pode causar complicações graves, como paralisia, cegueira e lesões profundas, que podem necrosar. “Essas alterações, frequentemente irreversíveis, resultam do comprometimento dos nervos periféricos pela infecção”, explica o médico.
Transmissão, prevenção e tratamento
A hanseníase é transmitida por meio de gotículas de saliva ou secreções respiratórias de pacientes sem tratamento, especialmente em casos de convívio próximo e prolongado. Contudo, o contágio não ocorre em contatos casuais, como abraços ou compartilhamento de objetos.
A vacina BCG, amplamente administrada no Brasil, oferece proteção parcial contra a doença e é recomendada para familiares e pessoas que convivem intimamente com pacientes diagnosticados.
“Diagnóstico precoce e tratamento rápido são fundamentais para evitar complicações e a transmissão. A doença tem cura. Hoje, temos um protocolo eficaz baseado em três antibóticos, todos disponibilizados gratuitamente pelo SUS”, afirma Conceição.
O tratamento da hanseníase é denominado poliquimioterapia e dura de seis meses a um ano, dependendo da gravidade do caso. Durante esse período, o paciente deixa de transmitir a doença após as primeiras doses, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais crucial.
Casos mais avançados, que já apresentam sequelas, podem necessitar de intervenções adicionais, como cirurgias para correção de deformidades, fisioterapia para recuperação de movimentos e acompanhamento psicológico.
A história e o estigma
Conhecida antigamente como lepra, a hanseníase é uma das doenças mais antigas da humanidade, com registros que remontam à Antiguidade. Por muitos séculos, os acometidos foram estigmatizados e isolados, o que reforçou o preconceito em torno da condição.
Em 1873, o médico norueguês Gerhard Hansen descobriu a origem bacteriana da doença, dando início a uma nova era no tratamento e no combate à discriminação.
Hoje, campanhas como o Janeiro Roxo são essenciais para disseminar informação, combater o estigma e incentivar o diagnóstico precoce. “Vivemos tempos de cura e tratamento adequado. A hanseníase precisa ser enfrentada sem preconceito”, conclui o infectologista o São Luiz Anália Franco.
Com a tradição e a excelência da marca São Luiz, uma das mais tradicionais do país, o hospital, localizado na zona Leste de São Paulo, oferece atendimento em diversas especialidades, entre elas dermatologia e infectologia, além de serviços como pronto-socorro adulto e pediátrico, Centro Médico de Especialidades, Centro de Oncologia e Cirurgia Robótica.
Se você ou alguém que conhece apresenta sinais suspeitos, procure um médico imediatamente. Diagnóstico precoce salva vidas e evita complicações.
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