Saúde

Anvisa autoriza Kisunla, primeiro tratamento que pode retardar Alzheimer

Novo medicamento atua na remoção das placas amiloides

Escrito por Meon

24 ABR 2025 - 19H24 (Atualizada em 24 ABR 2025 - 21H23)

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu a aprovação para o Kisunla (donanemabe), desenvolvido pela Eli Lilly, como tratamento para os estágios iniciais do Alzheimer. Esta é a primeira medicação que oferece a possibilidade de retardar o progresso da doença em pessoas com sintomas iniciais.  

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O Kisunla é um medicamento injetável, administrado mensalmente, e se destaca por ser o primeiro tratamento aprovado no Brasil com foco na remoção das placas amiloides, uma das principais causas do Alzheimer. A medicação ajuda a desacelerar o avanço da doença, preservando a memória e a capacidade cognitiva.

Embora indicado para pessoas com demência leve ou comprometimento cognitivo, o Kisunla não é recomendado para indivíduos com o gene apolipoproteína E ε4 (ApoE ε4), que pode ser detectado por exames genéticos.

“Após mais de 35 anos de pesquisa, estamos diante de um marco para a ciência e, principalmente, para os pacientes com Alzheimer e suas famílias. Este é o primeiro tratamento aprovado que tem o poder de modificar o curso da doença”, destacou Luiz Magno, diretor médico sênior da Lilly do Brasil.

O estudo clínico realizado com pacientes nos estágios iniciais do Alzheimer mostrou que o Kisunla foi capaz de reduzir até 76% das placas amiloides, com resultados significativos na diminuição do declínio cognitivo. A medicação foi testada ao longo de 18 meses, demonstrando uma ação eficaz na desaceleração da progressão da doença.

Além da aprovação no Brasil, o medicamento já havia sido autorizado pela Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, mas foi recusado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) devido a efeitos colaterais raros, como o ARIA, que causa inchaços temporários no cérebro.

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Por Meon, em Saúde

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