Ortiz Júnior comemorou resultado nas urnas com partidários
Murilo Cunha/Meon
A Justiça Eleitoral suspendeu temporariamente o resultado da votação em Taubaté enquanto o prefeito afastado Ortiz Júnior (PSDB) aguarda o julgamento de um recurso contra a decisão que o tornou inelegível.
Júnior foi o candidato mais votado nas urnas, recebendo o voto de 74.589 eleitores. Os votos, no entanto, não foram considerados válidos. Pollyana Gama (PPS) recebeu 36.006 e Saud (PMDB), 23.742.
O juiz Paulo Roberto da Silva
Murilo Cunha/Meon
De acordo com o juiz eleitoral Paulo Roberto da Silva, só será possível oficializar o resultado após a definição da candidatura de Ortiz na Justiça. Caso o recurso do prefeito afastado seja negado, há a possibilidade de Taubaté ter novas eleições.
“Na soma geral, ele ultrapassa [os demais candidatos]. Teremos apenas um turno para eleição do prefeito ou nova eleição. A junta voltará a se reunir apenas em 1° de novembro após todos os recursos definidos. Mesmo com os resultados, teremos nova eleição ou a eleição de Ortiz”, afirma o juiz.
Comemoração
Apesar do impasse jurídico, Ortiz comemorou a vitória nas urnas em um evento com correligionários na Avenida do Povo. Ele disse estar confiante de que será vitorioso também no Justiça e que, além do recurso que aguarda julgamento no TRE, deve apresentar um novo recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta semana.
“A gente teve absolvição em cinco outros processos com a mesma acusação, e eu confio muito que essa decisão será revista”, disse o candidato. “A população me escolheu aguardando o julgamento. Isso é o reconhecimento de que o trabalho foi feito, a população se convenceu de que eu fiz um bom governo e a cidade avançou”.
Entenda o caso
Ortiz é acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2012, pois, segundo a acusação do MP (Ministério Público), quando candidato à prefeitura teria influenciado o pai, Bernardo Ortiz, a fraudar licitações para compra de mochilas na FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), órgão ligado ao Governo do Estado e onde Bernardo era presidente na época, com o objetivo de financiar a campanha.
De acordo com a denúncia do MP, quando presidia a FDE, as licitações da entidade eram fraudadas em troca de 5% do valor de cada contrato. Um dos acordos teria gerado propina de R$ 1,74 milhão.
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