O Sindicato dos Transportes paralisou o transporte público de São José dos Campos na manhã desta sexta-feira (18). Os sindicalisas chegaram ainda de madrugada na garagem dos ônibus, na zona norte da cidade, e pemaneceram em assembleia com os trabalhadores até as 6h45. Somente após este horário, os ônibus foram liberados.
A previsão era que o serviço fosse normalizado até as 8h.
O sindicato realizou a paralisação em protesto contra ameaça de corte do vale-refeição dos funcionários e para discutir o dissídio salarial, que está em negociação com as empresas.
A assessoria de imprensa da BusVale, representante das empresas de ônibus Expresso Maringá, CS BRasil e Saens Peña, informou que não houve o aviso prévio da paralisação e acusa o sindicato de constrangimento, pois teria impedido de forma truculenta a saída de motoristas. Ainda segundo a assessoria, a empresa fará um boletim de ocorrência por depredação de patrimônio.
A BusVale não comentou as reivindicações dos trabalhadores, alegando que as negociações do dissídio ainda estão em andamento.
A paralisação gerou transtornos aos usuários do transporte público. "Fiquei sabendo da greve pelas redes sociais. Tinha muita gente no meu ponto e começaram a falar que era greve, fui ver, já tinha um monte de mensagens no grupo. Não tenho dinheiro para pegar Uber, vou esperar um van que dê para entrar", disse a dona-de-casa Maria Lúcia Ribeiro, que aguardava ônibus no ponto da Avenida Rui Barbosa, na Vila Rossi, para ir a um exame médico agendado para as 7h.
A Secretaria de Mobilidade Urbana de São José confirmou que o serviço foi normalizado e que não houve aviso prévio da greve.
Outro lado
O Meon entrou em contato com o diretor do Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba, Jose Dailton Faria, que informou que existem três garagens de ônibus em São José e que onde estava não aconteceu nenhuma confusão.
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