Por João Pedro Teles Em RMVale

Vereadores adiam votação sobre Escola Sem Partido em São José

Sessão foi marcada por muito protesto nas galerias

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Público pressionou parlamentares para votar contra projeto

João Pedro Teles/Meon

Em uma sessão marcada pelos protestos nas galerias da Câmara, os vereadores de São José optaram por adiar o polêmico projeto Escola Sem Partido para ser votado na sessão da próxima quinta (7).

O projeto do vereador Lino Bispo (PR) prevê que os professores das escolas da cidade não interfiram em questões políticas ou de gênero dos estudantes de qualquer idade.

Professores, representantes de classe e de sindicatos foram até as galerias para protestar contra a implementação do projeto em São José.

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“Não existe transmissão de saberes sem que haja pensamento crítico. Não há neutralidade. Aliás, o que existe neste projeto é uma ideologia de extrema direita disfarçada. É muito importante que as pessoas se manifestem contra este projeto”, explica a coordenadora da subsede do Conselho Regional de Psicologia, Bruna Falleiros.

Para a secretária do PSOL de São José dos Campos, Tamires Arantes, o projeto é inconstitucional. De acordo com ela, a propositura serviria como palanque para políticos da cidade.

“Todo mundo sabe que esta não é uma questão para ser trabalhada na esfera municipal. Mesmo assim, é importante que as pessoas venham para entender como o projeto pode mudar para pior a rotina dos professores em sala de aula”, afirma.

Além do Escola Sem Partido, também tramita na Câmara o projeto contra a “ideologia de gênero” dentro das escolas, este de autoria do vereador Valdir Alvarenga (SD).

Inconstitucional

O projeto do Escola Sem Partido foi tema de caloroso debate na Câmara de Taubaté durante o mês de outubro e início de novembro. A votação do projeto foi suspensa após o Ministério Público enviar uma recomendação ao Legislativo alertando que a proposta é inconstitucional.

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