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SJC: Amélia Naomi (PT) se pronuncia sobre pedido de cassação

Documento foi protocolado por Thomaz Henrique (PL)

Escrito por Meon

22 JUN 2024 - 09H50 (Atualizada em 22 JUN 2024 - 09H56)

Divulgação/CMSJC

Durante a sessão da Câmara Municipal de São José dos Campos, na quinta-feira (20), o presidente Roberto do Eleven (PSD) deu ciência aos parlamentares de uma representação protocolada pelo vereador Thomaz Henrique (PL), contra a vereadora Amélia Naomi (PT), por fala ofensiva em que se referiu ao vereador Lino Bispo (PL) na sessão da última terça-feira (18) como "defensor de estuprador". O documento foi protocolado no Conselho de Ética da Câmara Municipal pelo vereador Thomaz Henrique, que aponta quebra de decoro e falsa acusação por parte da vereadora.

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A fala aconteceu em uma sessão na Câmara Municipal, quando os parlamentares debatiam sobre o Projeto de Lei em discussão no Senado que equipara o aborto após a 22ª semana a homicídio. Na ocasião, os vereadores joseenses aprovaram uma moção de apoio ao projeto. A Moção contrária foi reprovada.

Posição da vereadora Amélia Naomi 

Durante a sessão, a vereadora Amélia Naomi se posicionou contrária ao projeto de Lei.

“Eu não defendo o projeto de estuprador. […] Isso é um retrocesso. Esse debate moral que vocês estão fazendo aqui. Nós estamos vivas. As mulheres estão na rua para dizer a esse vereador que defende estuprador”, disse, se referindo ao projeto do vereador Lino Bispo.

Procurada pela reportagem do MEON, a vereadora se pronunciou por meio de uma nota.

Amélia disse que não foi a primeira vítima da violência política de gênero na Câmara. "Recentemente, outra vereadora também sofreu um pedido de cassação pela extrema-direita", relatou.

A vereadora deu sua versão sobre o pronunciamento que fez na Câmara e que gerou toda a polêmica, levando Thomaz Henrique a pedir sua cassação. "Na sessão do dia 18, eu me referi aos parlamentares que defenderam esse projeto que ficou conhecido como PL do estuprador, que transforma crianças e mulheres vítimas de estupro em criminosas. É inaceitável que estupradores tenham pena de até 10 anos e meninas e mulheres violentadas até 20 anos de prisão. Este vereador que me acusa é o mesmo que pratica a censura e retirou das escolas o livro “Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas”, e que também defende a ditadura, dizendo que o regime militar matou pouco. Nos últimos meses, ele recebeu quatro pedidos de cassação por suas falas fascistas e misóginas. Sigo tranquila e na luta em defesa da vida e da dignidade das meninas e mulheres", disse a vereadora.

O vereador Thomaz Henrique foi procurado pela reportagem do MEON, mas não retornou o contato.




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