Além de belíssimo cartão postal da cidade, o campo de girassóis, que agora ocupa o antigo “terreno das vaquinhas” no Jardim Aquárius, região oeste de São José dos Campos, trouxe esperança de mais qualidade para o ar e, principalmente, da vinda de espécies de insetos e outros seres vivos.
Das várias curiosidades sobre a área, cuja vista é até terapêutica, conheça 10 delas:
O “terreno das vaquinhas”, como era conhecido, graças à pastagem que alimentava algumas cabeças de gado, foi cotado para ser prédio residencial, com até 400 apartamentos; edifício comercial e até o WTC Joseense (World Trade Center). Cogitou-se, além de empreendimentos, alargar a avenida Cassiano Ricardo, o que também tomaria parte do terreno. A intenção era verticalizar o espaço;
Localizado na região mais cara da cidade, a oeste, o disputado terreno de 550 mil metros quadrados teve valor cotado entre R$240 e R$300 milhões;
As 30 vaquinhas que ocupavam o lugar foram relocadas para outra parte do terreno, que não fica exposta aos pedestres e motoristas;
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Segundo Maria Regina de Aquino Silva, bióloga e doutora em Ecologia e Recursos Naturais da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), a substituição da pastagem pelo cultivo de girassol não só melhora a qualidade do ar, como “traz benefícios diretos para a qualidade do solo onde se considera a ciclagem dos nutrientes e aumento na diversidade biológica desse sistema, proteção do solo da radiação solar direta, mantendo/aumentando a umidade relativa no ambiente”;
A origem dos girassóis é a América do Norte; essas plantas “têm um mecanismo fisiológico para responder bem a temperaturas mais baixas, sendo, porém, sensível a geadas. O mais importante para seu desenvolvimento é a incidência solar. Normalmente, no estado de São Paulo, é recomendado o plantio de Setembro a Março”, explicou a bióloga;
A doutora afirmou que, “além de fornecer matéria prima para produção de óleo, os girassóis podem ser utilizados como suplemento na alimentação animal (farelo de girassol); em termos de ecologia aplicada, existem estudos que mostram que essa espécie pode ser utilizada no controle biológico de pragas”;
O girassol cresce em direção do sol. “Esses movimentos denominados tropismos são respostas a estímulos que favorecem (tropismo +) ou desfavorecem (tropismo -) o desenvolvimento vegetal. Nesse caso, então, temos o ‘fototropismo +’ onde a radiação solar estimula o hormônio de crescimento da planta e ela ‘acaba’ crescendo em direção ao sol”, explicou a bióloga. Ao chegarem à fase adulta, as plantas se estabilizam;
O campo atrai aves e polinizadores, principalmente abelhas, que já têm ficado raras. “Tanto a plantação de milhos (na parte baixa do terreno) quanto a de girassóis vai atrair insetos polinizadores e uma diversidade de espécies muito grande, como borboletas, abelhas exóticas, como a africanizada, que coleta pólen, resina e néctar; abelhas nativas sem ferrão, nativas do Brasil. O Brasil é o único país que abriga 300 espécies de abelhas nativas sem ferrão, das 400 que existem no mundo. São importantíssimas na natureza e para a nossa existência, devido ao trabalho de polinização”, explicou Reginaldo Silva, meliponicultor, educador ambiental e presidente do Instituto Abepoli;
O Abepoli tem feito levantamento das espécies de abelhas nativas, solitárias e outros insetos polinizadores que começaram a frequentar o campo de girassóis. “As nativas do Brasil são responsáveis por 85% de tudo que a gente consome, entre plantas frutíferas e hortaliças, devido ao trabalho de polinização”, elas coletam pólen, resina e néctar, disse o educador;
Os girassóis não vão florir espontaneamente a cada ano. “A semente que foi plantada ali é híbrida, não vai rebrotar, a tendência é que, passando março, chegue o final da florada”, acrescentou Silva.
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