Varejo empregou mais de 9 mil profissionais sem experiência em São José
Arquivo/Meon
O varejo foi o segundo setor que mais deu oportunidades para o primeiro emprego em São José dos Campos. O levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) aponta, que desde janeiro de 2013 até julho de 2017 foram 9.720 admissões de profissionais sem experiência.
“É a principal porta de entrada, quantificamos na cidade, que neste período, quase um quarto foram do varejo. O varejo tem essa capacidade, pois leva em consideração não somente a experiência, mas características pessoais, como pró-atividade, a facilidade de falar, de se relacionar com outras pessoas. Um trabalho que é polivalente e que tenha horário disponível. Isso às vezes vale mais que a experiência. Portanto as características que o varejo buscam são as de quem busca o primeiro emprego”, disse Jaime Vasconcelos, assessor econômico Fecomercio.
O setor que mais deu oportunidade foi o de serviços administrativos, com 10.800 admissões. Em terceiro, aparece serviços de alimentação e alojamento, com 9.468 admissões. De acordo com a Fecomercio, o principal motivo da entrada de profissionais sem experiência é em datas comemorativas.
“O varejo também vive de datas. A sazonalidade é muito forte. O natal é principal, que vende de 20 a 30% a mais que a média do ano inteiro. Isso faz com que a contratação de temporários seja a principal forma do trabalhador que não tenha experiência ter a sua primeira chance profissionalmente”, disse.
“Sempre foi e vai ser sempre uma vocação de dar a oportunidade para o primeiro emprego. A medida que vai se formando, aprendendo, tiram o funcionário e colocam na indústria”, afirma José Maria de Farias, presidente do sindicato.
Contratações
No geral, nos últimos quatro anos, o varejo fez 79.518 admissões e 81.312 demissões, com um saldo de -1.794 vagas em São José. O setor que mais contratou no período foi o de serviços administrativos, com 93.055 admissões.
Os únicos setores que ficaram com o saldo positivo na geração de empregos foram os de serviços médicos e odontológicos (1.802 vagas) e de ensino (732). De outro lado, quem mais fechou postos de trabalho foi serviços administrativos (-5.165) e serviços de alimentação e alojamento (-3.78).
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