O secretário municipal Alberto 'Mano' Marques, da pasta de Inovação e Desenvolvimento Econômico de São José
Pedro Ivo Prates/Meon
Quem pensaria ouvir um tucano tecendo elogios ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos?
Pois na última segunda-feira (8), a plateia que assistia a um debate sobre cadeia produtiva aeronáutica foi surpreendida pelo secretário municipal Alberto 'Mano' Marques, da pasta de Inovação e Desenvolvimento Econômico. Ao citar investimentos feitos na cidade, ele pediu licença para fazer um comentário ‘extremamente sincero’ sobre o sindicato.
“Eu tenho sentido uma mudança de comportamento do Sindicato dos Metalúrgicos na nossa região. Quando Felicio assumiu, colocou isso como bandeira, ele disse ‘vamos ter que entrar e meter o dedo nessa ferida’, porque o relato de vocês, empresários, eram os piores possíveis. E a gente tem acompanhado uma mudança de mentalidade e de ações, não só de discurso”, disse Mano.
O secretário citou como exemplos da mudança o acordo com a GM (General Motors do Brasil), que resultou no investimento de R$ 6 bilhões na planta de São José, e a greve na JC Hitachi, em março, que durou um dia e teria sido encerrada após negociação intermediada pela prefeitura.
“Justiça seja feita, todos nós estamos construindo, e eles [sindicato] inclusive, um ambiente de negócios mais salutar. Eles sempre serão aguerridos, faz parte do trabalho deles, tá no DNA deles brigar muito pelas condições dos trabalhadores. Mas o limite disso é a responsabilidade, o bom senso que não havia no passado e parece que está havendo agora. Não só nas conversas, nos atos. Isso faz uma diferença astronômica no ambiente de negócio”, disse Mano, durante o debate realizado no auditório da Assecre (Associação dos Empresários do Chácaras Reunidas), zona sul de São José.
Procurado pelo Meon, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região preferiu não dar entrevista, e enviou a nota abaixo por meio de sua assessoria de imprensa.
“No decorrer de sua história, o Sindicato dos Metalúrgicos sempre se norteou pela defesa dos direitos e empregos dos trabalhadores. Como representantes dos metalúrgicos, é nosso dever buscar organizá-los em defesa de suas reivindicações, expondo claramente nossas posições. De qualquer forma, defendemos o princípio da democracia operária e sempre respeitaremos as decisões da categoria. O nosso sindicato tem um lado: o lado dos trabalhadores.”
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