Paulo Cezar assume no lugar de Curado
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Jornalistas especializados no mercado de aviação repercutem a troca de comando na Embraer, terceira maior fábrica de aeronaves do mundo. A empresa informou na quinta-feira (9) que o atual presidente, Frederico Curado, será substituído por Paulo Cezar de Sousa e Silva, até então vice-presidente executivo para Aviação Comercial da empresa. Curado comandou a Embraer por 10 anos.
Para o jornalista Thiago Vinholes, responsável pelo site Airway, a mudança é natural dentro da estrutura executiva da Embraer. "Vejo como uma mudança normal, uma passagem de bastão. Curado trabalhou por mais de 30 anos na Embraer, sendo mais de 20 anos na diretoria. Nesse tempo de mudanças econômicas, a empresa sempre encontrou formas de manter a operação sustentável. Prova disso é a longa lista de espera pelos jatos da Embraer", afirmou.
Vendas
A Embraer tem atuação destacada no segmento comercial de aviões de porte médio, aviação executiva e defesa. A partir deste ano, a empresa vai duplicar a linha de montagem para a produção de jatos executivos Legacy 450 e Legacy 500, hoje concentrada em São José dos Campos, com o início da produção das aeronaves também na Unidade de Melbourne, nos Estados Unidos. A nova linha complementa o portfólio de aeronaves montadas nos EUA, onde já são produzidos os modelos Phenom 100 e Phenom 300.
Para Vinholes, a questão sucessória na estrutura executiva da empresa já estava definida. "Não acredito que a empresa vai realizar grandes mudanças sob o comando de Paulo Cezar de Sousa e Silva. Muito do que a Embraer vai fazer na próxima década já está praticamente definido. Talvez, uma surpresa seria um novo produto, como uma nova linha de aeronaves, mas acho muito difícil isso acontecer nos próximos anos".
Mesmo com a crise na economia do país e concorrentes que estão preparando novas aeronaves, o jornalista acredita que a Embraer ainda vai manter a liderança no segmento de médio porte.
"O que houve foi uma redução nas encomendas. Mesmo assim, a Embraer continua sendo a líder nesse segmento de aeronaves, com mais de 1.200 jatos em operação pelo mundo. O que vai acontecer nos próximos anos é que a fabricante brasileira finalmente vai ter concorrentes nesse segmento, dos 'narrow-bodys'. A Bombardier, canadanse, tem a família de jatos C Series e a Mitsubishi, japonesa, está na fase final de desenvolvimento da linha MRJ. Vai ser interessante ver esses aviões competindo com os E-Jets E2 da Embraer".
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