Por Meon Em RMVale

Trabalhadores da varrição e coleta seletiva fazem greve em São José

Segundo sindicato, 300 funcionários pararam atividades; Urbam nega adesão

Cerca de 300 trabalhadores da Urbam (Urbanizadora Municipal), de São José dos Campos,  entraram em greve hoje (4) por tempo indeterminado, segundo informações do Seaac, sindicato que representa a categoria. A maioria dos grevistas trabalha na coleta seletiva de lixo e varrição de ruas.

Segundo a Urbam, a paralisação ocorreu parcialmente no período da manhã e não afetou os serviços. A empresa possui 2.900 funcionários.

Segundo o sindicato, foram realizadas várias assembleias com os trabalhadores e, no horário do almoço, parte dos grevistas participou de um ato na praça Afonso Pena, no centro da cidade. Após a manifestação, cerca de 70 trabalhadores da varrição seguiram em passeata da praça até a sede da Urbam.

"Amanhã vamos aumentar a adesão, acredito que o pessoal que faz a manutenção das escolas e das UBS's (Unidades Básicas de Saúde) vão parar também. A Urbam quer reduzir os direitos dos trabalhadores e não vamos aceitar isso", disse o presidente do Seeac, Marcelo Ribeiro.

Segundo ele, na pauta de reivindicações estão a manutenção do adicional de insalubridade, direito que teria sido cortado de vários trabalhadores; negociação do processo de seleção interna;  manutenção da cláusula de progressão salarial (um adicional por tempo de serviço), e rejeição do vale refeição e alimentação em cartão.

Empresa rebate críticas

A Urbam informou que parte dos funcionários participou de assembleias realizadas pelo sindicato, mas negou adesão à paralisação. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a coleta seletiva saiu com atraso, mas todos os serviços estavam sendo executados no período da tarde. A ampliação do serviço para 100% da área urbana prevista para hoje foi mantida.

Sobre as reivindicações, a Urbam informou que os funcionários que trabalham em áreas insalubres recebem adicional, conforme determina a legislação. Porém, o adicional foi retirado dos trabalhadores remanejados do Centro de Triagem de Material Reciclável para outros setores, que não são insalubres. O centro deixou de ser operado pela Urbam em março deste ano, quando passou para a cooperativa de catadores.

Sobre o vale alimentação, a empresa informou que, a partir do próximo ano, o tíquete depositado em folha sofrerá tributação, o que acarretaria desconto no salário do funcionário. Por este motivo, a empresa optou por cartão.

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