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Reprodução/Sindicato dos Metalúrgicos de SJC
Trabalhadores do 1º turno da Embraer iniciaram greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira (24) na fábrica de São José dos Campos. A decisão foi tomada em assembleia realizada no início da manhã com funcionários do setor da produção, que está totalmente parado, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos.
A entidade que representa os trabalhadores negociava também adesão dos colaboradores do setor administrativo. A previsão do sindicato é realizar assembleia com os funcionários do 2º turno ainda nesta terça-feira. Os dois setores empregam cerca de 8 mil trabalhadores, de acordo com o sindicato.
Na última semana, a categoria já havia aprovado aviso de greve e a paralisação poderia acontecer caso não houvesse avanço nas negociações.
Os trabalhadores cruzam os braços em meio ao impasse sobre a campanha salarial, que está negociação com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor aeronáutico.
No último dia 17, os metalúrgicos se reuniram com a Fiesp, em São Paulo, onde teria sido proposto aos trabalhadores reajuste apenas pela inflação e a retirada de duas cláusulas, sendo elas, a que mantém estabilidade aos lesionados e terceirização ilimitada, conforme informou o sindicato.
Já a categoria reivindica reajuste de 6,37%, que corresponde à inflação do período somada a 3% de aumento real, além da renovação da Convenção Coletiva na íntegra. A entidade afirma ainda que a Embraer não aplica aumento real aos salários há quatro anos.
Outro lado
A Embraer informa que todas as áreas produtivas e administrativas da unidade estão operando com cerca de 80% de suas equipes. A Embraer esclareceu ainda que as negociações sobre a data-base são realizadas entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor, e que foram realizadas duas reuniões de negociação, durante a qual a Fiesp apresentou incialmente a proposta de abono e, posteriormente, uma segunda proposta de reajuste salarial da inflação do período (3,28%). A fabricante de aeronaves destaca ainda que as unidades de Eugênio de Melo e EDE, ambas em São José dos Campos, além de Botucatu, Campinas, Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté funcionam normalmente.
Veja a nota na íntegra:
A Embraer esclarece que a maior parte dos funcionários da unidade Faria Lima, em São José dos Campos, não aderiu à paralisação imposta pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Todas as áreas produtivas e administrativas da unidade estão operando com cerca de 80% de suas equipes. Esta manhã houve um bloqueio feito pelos representantes do sindicato aos principais acessos dos funcionários à Empresa, atrasando a entrada de carros e ônibus do primeiro turno assim como do turno administrativo, o que foi garantido somente com a chegada da Polícia Militar.
A Embraer esclarece ainda que as negociações sobre a data-base são realizadas entre a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa as empresas do setor aeroespacial, e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. Como já informado publicamente, foram realizadas duas reuniões de negociação, durante a qual a Fiesp apresentou incialmente a proposta de abono e, posteriormente, uma segunda proposta de reajuste salarial da inflação do período (3,28%).
A Embraer respeita o direito à livre associação e manifestação por parte de seus colaboradores. Contudo, a Empresa reprova veementemente e lamenta os fatos como o de hoje que visam cercear o direito constitucional de ir e vir dos empregados ao criar obstáculos para acesso ao local de trabalho. Informamos ainda que as unidades de Eugênio de Melo e EDE, ambas em São José dos Campos, além de Botucatu, Campinas, Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté funcionam normalmente."
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