Por Meon Em RMVale

Terreno no Jardim Aquarius vai virar empreendimento com 587 lotes

Área fica entre avenida Cassiano Ricardo e Via Oeste em São José

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Atualmente terreno  no Jardim Aquarius é ocupado por bois a vacas

Flávio Pereira/Arquivo/Meon


A pastagem que hoje cobre o terreno de aproximadamente 560 mil metros quadrados no Jardim Aquarius, em São José dos Campos, em breve deverá dar lugar a um empreendimento imobiliário que prevê o parcelamento do solo em 587 lotes residenciais e comerciais. A gleba está localizada entre a avenida Cassiano Ricardo e a Via Oeste, uma das regiões mais valorizadas do município.

O projeto de urbanização do terreno, que pertence a CTH Empreendimentos, foi elaborado pelo arquiteto e urbanista Arlindo Regis de Oliveira Junior, com base em diretrizes definidas pela prefeitura. A proposta prevê a divisão do solo em lotes de 10mx25m e lotes maiores que poderão ser transformados em conjuntos residenciais, como villages, por exemplo.

O 'novo bairro' terá quatro avenidas com 28 metros de largura cortadas por ciclovias, uma praça central com 64 mil m² e uma reserva ambiental com 50 mil m². Três terrenos do empreendimento deverão ser doados ao município.

A atual Lei de Zoneamento de São José dos Campos não permite construção de edifícios na área, por isso, os lotes serão destinados a imóveis com até 8,70 metros de altura, o equivalente a um sobrado.

"Não tem essa coisa que teve no passado de querer mudar zoneamento para permitir prédio. Não queremos mudar lei nenhuma, nossa proposta segue a atual legislação", disse Oliveira Junior. O arquiteto se refere à polêmica causada pela proposta de mudança do zoneamento, em 2014, para permitir a construção de uma filial do World Trade Center (WTC) no terreno.

Futuro Verticalizado
No entanto, o arquiteto ressalta que o projeto considera a capacidade máxima de ocupação da gleba --o que significaria 553 lotes individuais e 34 lotes para edificação de prédios --o que supostamente quadruplicaria a população do 'novo bairro' de 587 famílias (1.760 pessoas) para 2.593 famílias (7.780 pessoas).

"Eu acho, e já discuti isso com o meu cliente [CTH] que será inevitável, no futuro, a cidade mudar o zoneamento para permitir fazer prédio. É muito caro comprar um terreno desse valor e fazer uma casinha só. Então, se no futuro a prefeitura entender que pode costruir prédio, todo o projeto já foi dimensionado pensando nisso. Toda a capacidade de vias, de áreas verdes, de infraestrutura, de tudo, está sendo dimensionado para que no futuro, se quiser verticalizar, a base permita isso", disse Oliveira Junior.

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Área com cerca de 550 mil metros quadrados está em uma das regiões mais valorizadas de São Jose

Arquivo/Meon



Só em 2020

O projeto da CTH Empreendimentos não deve sair do papel antes de 2020. Isto porque a análise de um empreendimento deste porte depende não apenas da avaliação e aprovação da administração municipal, mas também do Graprohab (Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais), que reúne os órgãos estaduais, como Cetesb e Sabesp, por exemplo.

A expectativa do arquiteto é obter o primeiro aval da prefeitura até início de agosto. "Após a anuência prévia, nós vamos fazer o detalhamento de todo o projeto, de rede de água, de esgoto, de arborização, paisagismo, drenagem e outros. Todos estes projetos técnicos têm que passar pelo crivo do Graprohab. Isso, só nesta parte estadual, leva de oito meses a um ano. Depois, o projeto volta para aprovação definitiva da prefeitura, que pode demorar mais alguns meses", explica o arquiteto.

A prefeitura confirmou que recebeu o projeto do arquiteto Arlindo Regis de Oliveira Junior em maio e informou que o mesmo ainda está em análise, mas não deu previsão de data para emissão do parecer.

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