O Ministério da Saúde informou na última quarta-feira (25) que vai começar a aplicar a dose de reforço, ou terceira dose, para os idosos que já estão imunizados com duas doses da vacina contra a Covid-19 no Brasil. Os imunizantes para esta ação devem começar a ser enviados para os estados no dia 15 de setembro e terão como público-alvo, inicialmente, idosos com mais de 70 anos e pessoas com baixa imunidade.
Essa necessidade, no entanto, só reforça a importância das vacinas para conter a pandemia e não deve ser interpretada de forma descontextualizada, afirma a doutora em microbiologia Natalia Pasternak. Segundo ela, as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil desde o início de 2021 são eficazes e essa mentalidade não deve ser afetada.
"As vacinas funcionam diminuindo a probabilidade de você adoecer. No caso das vacinas para Covid elas foram testadas na sua capacidade, principal, de prevenir doença grave, hospitalização e morte", completou a especialista em microbiologia.
De acordo com dados do estudo Info Tracker, plataforma de monitoramento da pandemia da USP e da Unesp, pessoas completamente vacinadas representaram somente 3,68% das mortes por Covid-19 no Brasil, entre fevereiro e julho.
Entre os casos registrados pelo estudo, as principais vítimas são idosos com mais de 70 anos, justamente o público que será atingido pela dose de reforço. Natália afirma que tal fato não significa dizer que as vacinas não funcionam ou que têm alguma relação com a marca do imunizante. De acordo com ela, todas as vacinas são seguras.
"As pessoas têm uma ilusão do funcionamento de uma vacina como se ela fosse mágica. Acreditam que se tomar a vacina estará 100% protegido e se não tomar não. E não é assim que a vacina funciona. Nenhuma vacina, não só as de Covid", explica.
Ela completa: “Nenhuma vacina é capaz de zerar o risco de contaminação. Quando alguém famoso morre acaba dando a impressão que é um fato comum, mas não é. É a exceção. Em geral, as vacinas contra Covid-19 protegem muito bem. Elas diminuem a probabilidade de hospitalização, doença grave e morte”.
Com tantas novidades e dúvidas, a população deve buscar fontes seguras neste momento em que as estratégias de combate à pandemia mudam com velocidade. É neste contexto que a doutora em microbiologia e uma das autoras do livro “Ciência no cotidiano: Viva a razão. Abaixo a ignorância”.
"É importante lembrar que a boa ciência é feita de boas perguntas, muito mais do que de respostas. Então, quem sabe a gente consegue sair desse evento com boas perguntas e estratégias para respondê-las", finaliza refletindo a doutora.
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