Na semana em que o Brasil comemora a consciência negra, os adolescentes que cumprem medida na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescentes (CASA) Taubaté, no Vale do Paraíba, participam de uma série de atividades pedagógicas para celebrar a data. A Lei nº 14.759/2023 instituiu o dia 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
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As ações começaram na última segunda-feira (18) com palestras com dois temas essenciais para o debate sobre a situação do povo negro no Brasil: racismo e igualdade de direitos. Na terça-feira (19), a veia artística dos jovens foi acentuada em um workshop de máscaras com motivos africanos. Na quinta-feira (21) será a vez de eles mostrarem o talento com a música e na sexta-feira (22) retorna o momento de reflexão, com uma palestra sobre a resistência da mulher negra.
“Quisemos promover a reflexão a partir de uma data comemorativa tão relevante no calendário brasileiro e estudantil, que possibilita trazer pessoas da região para contribuir com suas experiências”, explicou a coordenadora pedagógica da Fundação CASA Taubaté, Thaís Renata de Lima. Dos 4.484 adolescentes em atendimento na Fundação CASA na terça, 71,65% se autodeclaram pardos e pretos, de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na segunda, representantes do Comitê pela Igualdade Racial de Taubaté estiveram no centro socioeducativo e discutiram, no período da manhã, com os jovens o racismo que permeia a estrutura social brasileira. À tarde, o presidente da Comunidade Negra de Pindamonhangaba, Benedito Sérgio Irineu, falou sobre os desafios e a luta da população negra para alcançar a igualdade de direitos em todos os setores da sociedade.
Já na terça, os adolescentes deixaram a criatividade fluir durante o workshop “Máscaras Africanas” com o artista Ronaldo Souza. Depois de explicar sobre a importância dos elementos das máscaras no contexto cultural dos povos do continente africano, especialmente na região subsaariana, os jovens utilizaram tintas e pincéis para montar suas próprias máscaras em telhas de barro.
Na quinta-feira, a partir das 14h, a consciência negra se fará presente nas melodias e letra da música que os adolescentes comporão com apoio do agente educacional do centro socioeducativo, no projeto pedagógico “Pelos Caminhos da Música”. O objetivo é que os jovens reflitam sobre formas de combate ao racismo e a opressão racial sobre esses grupos marginalizados.
A Semana da Consciência Negra fecha com a palestra “Mulher Negra e Resistência”, às 14h30, com a atriz, arte educadora e sambista taubateana Adalgiza Américo, ativista do Movimento Preto e da cultura popular. Ela discutirá a evolução política e social das mulheres negras no Brasil.
A presidente da Fundação CASA, Claudia Carletto, destaca a importância de dar visibilidade ao tema: “A Semana da Consciência Negra é essencial para os jovens por se tratar de um momento de conscientização, reflexão e aprendizado sobre a história, a cultura e a luta da população negra no Brasil. Essa semana oferece a oportunidade de reconhecer e valorizar a importância da contribuição afro-brasileira na construção da nossa sociedade, ao mesmo tempo em que fortalece a identidade dos jovens negros e estimula o respeito à diversidade entre todos”.
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