Agentes federais em uma das casas do auditor fiscal acusado de receber propina da JBS
Divulgação/PF-SP
O Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta segunda-feira (11) a Operação Baixo Augusta, um desdobramento da Operação Lava Jato. Os agentes cumpriram 14 mandados de busca e apreensão em Caraguatatuba, Campos do Jordão, São Paulo, Cotia e Lins.
A Justiça Federal determinou ainda o afastamento de um auditor-fiscal e o bloqueio de bens de 8 pessoas beneficiadas pelo esquema e de firmas a elas vinculadas. O grupo teria recebido R$ 160 milhões em propinas ao longo de 14 anos.
O nome dos envolvidos não foi revelado.
De acordo com a operação Baixo Augusta, o auditor teria agilizado a liberação de créditos tributários que a JBS teria a receber do Fisco. Ao menos R$ 2 bilhões teriam sido pagos antecipadamente à empresa por conta da atuação do fiscal.
Com o dinheiro da propina, o auditor teria comprado imóveis em Caraguatatuba e em Campos do Jordão, além de dezenas de veículos de luxo, entre eles uma Ferrari.
De acordo com o MPF, o suspeito teria vendido a Ferrari há pouco tempo, devido ao monitoramento da Receita. “Ele estava se desfazendo do patrimônio” incompatível com o salário de R$ 25 mil, que recebia como auditor da Receita Federal.
Há indícios de que as transações para recebimento da propina ocorriam por meio de empresas de fachada e a emissão de notas fiscais falsas. A investigação teve início após o envio, pelo Supremo Tribunal Federal, de partes do acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da JBS e o MPF para a Justiça Federal de São Paulo, com o fim de apurar criminalmente condutas de pessoas que não tinham foro privilegiado.
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