O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (27), por ampla maioria, manter o ex-jogador Robson de Souza, conhecido como Robinho, preso em Tremembé (SP). O julgamento virtual contou com a participação de todos os 11 ministros da Corte, que analisaram o pedido de liberdade apresentado pela defesa do ex-atleta.
A decisão terminou com o placar de 9 votos a 2 contra a soltura de Robinho. Votaram pela manutenção da prisão os ministros Luiz Fux (relator), Edson Fachin, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça, Flávio Dino, Nunes Marques e Cármen Lúcia. Já os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli foram favoráveis à liberdade do ex-jogador.
O caso chegou ao STF após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar o cumprimento da pena no Brasil. Robinho foi condenado pela Justiça italiana a nove anos de prisão por envolvimento em um estupro coletivo ocorrido em 2013, enquanto ele jogava pelo Milan.
A condenação na Itália foi baseada em evidências que apontaram a participação direta de Robinho no crime. Após esgotados os recursos no país europeu, a Justiça brasileira foi acionada para executar a sentença, já que a Itália não extradita cidadãos estrangeiros condenados em seu território.
Com a decisão do STF, Robinho permanecerá preso enquanto cumpre a pena imposta pela Justiça italiana, reafirmando o compromisso da Corte com o enfrentamento de crimes graves e a cooperação internacional no combate à impunidade.
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