Litoral e Taubaté vão receber vacina fracionada contra febre amarela
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Cidades do Litoral Norte e Taubaté vão receber doses fracionadas de vacina contra febre amarela no próximo mês. A medida foi adotada após a constatação de que a circulação do vírus se alastra e ameaça regiões até então consideradas livre de risco da doença.
Outras cidades paulistas e dos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia também vão adotar a imunização.
Em São Paulo, a campanha com vacina fracionada será feita no início e no fim de fevereiro. O Estado já recebeu 9 milhões de seringas específicas.
Na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a campanha deve ser realizada inicialmente em São Sebastião, Caraguatatuba, Ubatuba e Taubaté. Os municípios, que eram considerados livres de risco da doença, agora podem se tornar suscetíveis. "Há registros de macacos infectados na Serra do Mar. É possível que no futuro não remoto tenhamos febre amarela chegando ao litoral paulista", disse o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.
Imunização
A dose fracionada da vacina é mais fraca do que a oferecida hoje: protege por até nove anos, enquanto a atual dura para a vida toda, conforme orienta a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa orientação é seguida pelo Brasil desde abril de 2017. Antes, a imunização poderia ser feita a cada dez anos.
A estratégia do fracionamento em análise ganhou força depois da divulgação de estudos na Comissão Nacional de Imunização, que comprovam que a vacina com dose reduzida tem efeitos por prazo maior do que o imaginado. Inicialmente, estimava-se que a vacina fracionada protegeria contra a doença por um ano.
Mas o acompanhamento de pessoas que receberam doses menores indica que o efeito se estende por até nove anos. "Essas pessoas continuam sob avaliação. É possível que no futuro se veja que o prazo de proteção seja ainda maior que os nove anos agora constatados", disse o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria da Saúde de São Paulo, Marcos Boulos.
Essa estratégia já foi usada em Angola, na África, durante uma epidemia da doença, com o aval da OMS. Ela começou a ser cogitada no País em março, quando alguns especialistas levantaram dúvidas sobre o processo e destacaram que a questão angolana envolvia febre amarela urbana - que não é registrada no Brasil desde 1942.
O objetivo é imunizar o maior número possível de pessoas. "Nossa ideia é fecharmos o ano com toda população do Estado vacinada", afirmou o coordenador Marcos Boulos. Em São Paulo, 69% dos municípios não atingiram a meta de vacinar 95% da população.
O Brasil registrou entre julho de 2016 e junho do ano passado o maior surto de febre amarela da história, que afetou principalmente os Estados do Sudeste. No período, foram notificados 779 casos em humanos e 262 mortes. Desde julho, houve 330 casos e uma morte.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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