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SJC: Univap e Polícia criam relatório de desaparecidos para análise de casos

Foram analisados 176 boletins de ocorrência

Escrito por Meon

18 JAN 2025 - 15H30

Reprodução

Um projeto desenvolvido por alunos da Univap, em parceria com a Delegacia de Investigação de Homicídios, resultou em um relatório detalhado sobre desaparecimentos em São José dos Campos, com foco nos casos registrados em 2023. O levantamento, realizado no Serviço Escola de Psicologia Aplicada da universidade (SEPA), contou com a colaboração da Subdivisão de Pessoas Desaparecidas e envolveu a análise de 176 boletins de ocorrência.

O objetivo principal da pesquisa foi mapear o perfil das vítimas e entender as circunstâncias dos desaparecimentos. A análise dos dados revelou que os casos se concentraram principalmente nas regiões Sul (33,52%) e Leste (26,13%) da cidade, com uma predominância de desaparecimentos entre homens (66,47%) e a maior incidência entre pessoas de 41 a 50 anos.

Apesar dos desafios enfrentados durante a coleta de dados, como a falta de informações completas nos boletins e a dificuldade de contato com os familiares dos desaparecidos, a interação com os parentes se mostrou essencial para o enriquecimento da pesquisa. Técnicas de escuta ativa foram adotadas para garantir um acolhimento mais humano, contribuindo tanto para a precisão das informações quanto para o suporte emocional às famílias.

A análise detalhou, ainda, a relação de determinados padrões com categorias de desaparecimentos, como casos forçados, voluntários, e os relacionados a situações de vulnerabilidade, como saúde mental e dependência química. Esses dados podem servir como base para ações mais focadas no combate e prevenção desses episódios, com ênfase em políticas públicas para pessoas com transtornos mentais e uso de substâncias psicoativas.

A integração entre psicologia, segurança pública e análise de dados foi destacada como fundamental para o sucesso do projeto. A experiência revelou a importância de uma abordagem interdisciplinar no tratamento de problemas complexos como os desaparecimentos, ao unir dados quantitativos com a escuta empática das famílias. Essa estratégia pode aprimorar as ações futuras, criando uma resposta mais eficaz e humanizada para as vítimas e seus familiares.

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