Quatro sindicalistas foram presos durante um protesto na rodovia Rio-Santos, em Caraguatatuba, na manhã desta quinta-feira (29). Os trabalhadores faziam uma assembleia na porta da empresa Engecampo, empreiteira que presta serviços para a Petrobras.
“A Polícia Militar chegou no local e os sindicalistas estavam com carro de som obstruindo a entrada dos funcionários na fábrica. Diante disso foi feito uma negociação através do diretor para que eles desobstruíssem a via. O Ivam Rodrigues desobedeceu a ordem, dei voz de prisão e ele resistiu”, informou o Tenente Eliel Simões Brambilla.
Após a PM dar voz de prisão ao presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção, uma confusão generalizada se formou.
“Os trabalhadores da fábrica começaram a correr e empurrar os policiais. O motorista atravessou o carro de som para que os policiais não conseguissem passar. Foi necessário o uso de força moderada para realizar as prisões e um dos sindicalistas rasgou a camiseta para falar que foi agredido na delegacia”, relatou o tenente que atuou na ocorrência.
A Polícia Militar informou que 200 pessoas participaram da manifestação, que os sindicalistas foram pros por desacato, desobediência e resistência. Eles foram ouvidos e liberados após algumas horas.
O Sindicato
O Sindicato relatou que somente três sindicalistas foram presos, o presidente Ivam Rodrigues e dois assessores e que foram proibidos de realizar uma assembleia na porta da fabrica pelos policiais.
“Os trabalhadores estão em greve há duas semanas e ontem a Polícia Civil escoltou os ônibus da empresa para entrarem na fábrica e chegaram até apontar a arma a um assessor do sindicato. Por isso, hoje fizemos uma assembleia em repúdio à ação da polícia E o sindicato tem o direito e dever de fazer manifestação, mas a polícia não deixou e forçou a entrada dos trabalhadores. Todos os presentes sentaram no chão para protestar contra os policiais”, contou o vice-presidente do João Paulo Pereira da Silva .
Os sindicalistas denunciam que foram agredidos pela equipe policial durante a confusão.
“A PM usou da força mesmo com toda aparato policial e um trabalhador teve a costela quebrada durante o protesto. Fizemos boletim de ocorrência sobre o caso, todos os trabalhadores em ato de solidariedade foram embora para a casa e a greve está mantida por tempo indeterminado”, finalizou João Paulo.
O sindicato informou que estão em greve para cobrar da empreiteira o cumprimento da cláusula de contratação de mão de obra local e a manutenção dos direitos trabalhistas. A empresa também estaria se recusando a assinar o acordo coletivo da categoria e ameaçado reduzir o salário dos trabalhadores.
Boleto
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