Classe artística esteve nas galerias da Câmara durante a sessão
Marcelo Lira/Divulgação
Sem consenso, a Câmara de São José dos Campos adiou a votação da ‘Lei dos Malabares’ por uma semana. O anúncio foi feito no início da sessão dessa quinta-feira (1º), antes da votação da pauta do dia.
O prefeito Felício Ramuth (PSDB) chegou a receber na quarta-feira (31) uma comissão de artistas de rua no Paço Municipal, mas as partes não entraram em um acordo.
A administração propôs fiscalizar a futura lei apenas depois que a Fundação Cultural Cassiano Ricardo publicasse um edital de chamamento para artistas de rua.
O movimento cultura, porém, é contra qualquer restrição para apresentações nos semáforos.
O presidente da Comissão de Esportes e Cultura na Câmara, Marcão da Academia (PTB), afirmou que o Legislativo vai continuar discutindo a questão.
“É uma discussão bacana e estamos dispostos a continuar conversando para construir uma lei que seja boa para todos”, afirmou o parlamentar durante a sessão.
Adiamentos
O projeto de lei vem causando discórdia entre os artistas e a prefeitura desde que foi apresentado na Câmara, no dia 10 de maio. Desde então, a votação do projeto de lei se arrasta na Câmara.
Enquanto isso, artistas da cidade se mobilizam para que o projeto seja retirado de pauta. Além dos protestos dentro nas galerias do plenário, o grupo vem promovendo intervenções artísticas nos semáforos de São José.
“Estamos engrossando os protestos e não vamos parar. Vamos aproveitar essa semana sem votação para continuar a organizar ações e mobilizar a população”, explica o músico e produtor de vídeo Marcelo Lira.
O grupo também abriu diálogo com vereadores que não integram a Comissão de Cultura. Segundo Lira, Lino Bispo (PR), Roberto do Eleven (PRB), Flávia Camargo (PSD) já conversaram com o grupo.
“Agora queremos conversar com a bancada do PSDB para mostrar a eles a nossa proposta”, afirma.
Proibição e protesto
Antes do início da sessão, a proibição da entrada com instrumentos e malabares causou revolta dos artistas presentes para acompanhar a sessão.
O desentendimento entre guardas civis e manifestantes só terminou cerca de 20 minutos depois, com a decisão do presidente da Casa, Juvenil Silvério (PSDB), de liberar os materiais.
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