Saber controlar o capital de giro é essencial para a administração de qualquer negócio, afinal, é este recurso que garante a manutenção das operações. Quando bem administrado, permite o planejamento financeiro para um crescimento sustentável. Já o inverso pode significar uma série de problemas à empresa.
Em um estudo dedicado ao assunto, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae-BA) define o capital de giro como “o pulmão financeiro de qualquer negócio” e explica que falhar na gestão desse recurso deixa a empresa suscetível a problemas como inadimplência com funcionários e fornecedores, interrupção de prestação de serviços necessários para o funcionamento do negócio, paralisação das atividades, endividamento e, até mesmo, falência.
O Sebrae-BA orienta que realizar o cálculo correto do capital de giro necessário para o funcionamento da empresa e adotar boas práticas de gestão são as estratégias necessárias para fazer uma boa administração do recurso.
Dentre as medidas recomendadas estão: ter um controle eficiente das entradas e saídas do caixa da empresa; gerenciar o estoque de produtos; administrar os pagamentos a serem recebidos e efetuados de cada setor da empresa; acompanhar as movimentações bancárias; e saber quanto a empresa está vendendo. As informações são detalhadas no estudo “Problemas com capital de giro: o que fazer?” disponível no site do Sebrae-BA.
O capital de giro pode ser compreendido como a quantidade de dinheiro necessária para uma empresa realizar as atividades regularmente. Na prática, trata-se de uma reserva financeira que permite a dinâmica de funcionamento, tendo os recursos direcionados para o pagamento de despesas operacionais, os custos financeiros fiscais, a reposição de estoque e a manutenção da estrutura da empresa.
Em meio às dificuldades econômicas impostas pela pandemia da Covid-19, muitos empreendedores brasileiros observaram a necessidade de recorrer ao crédito a fim de assegurar o capital de giro para a manutenção dos negócios. Pesquisa realizada pela fintech Lendico apontou que essa foi a motivação de 34% dos empresários que realizaram empréstimo.
Outros 23,5% dos entrevistados ouvidos pela pesquisa informaram que os recursos seriam destinados à abertura de um novo negócio, enquanto 18,9% utilizariam o dinheiro para quitar dívidas. Já 15,1% afirmaram que iriam investir em estoque.
De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), entre março de 2020 e março de 2021, o sistema financeiro concedeu R$ 4,5 trilhões em crédito, o que representou aumento de 6,3% em comparação com 2019. O crédito destinado à pessoa jurídica teve a maior alta, de 12,1%.
Só o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), destinado ao capital de giro, foi responsável pela concessão de R$ 37 bilhões no ano passado.
A primeira orientação é que o empresário separe as contas bancárias pessoal e da empresa. Essa separação é o primeiro passo para a organização das finanças, como alerta a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin).
Em seguida, é preciso estabelecer prazos de pagamento coerentes com as entradas e as saídas de dinheiro. De acordo com o Sebrae-BA, esse controle do fluxo de caixa faz toda a diferença para evitar que a empresa fique no vermelho.
Outro ponto importante é conhecer os custos operacionais da empresa. O entendimento auxilia na hora de calcular a quantia necessária para o capital de giro e, também, permite visualizar o que é possível reduzir quando a lucratividade é menor, pois os negócios enfrentam a questão da sazonalidade das vendas.
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