Por Marcus Alvarenga Em RMVale

RMVale segue em atenção com morte de macacos por febre amarela

Vigilância Epidemiológica já registrou casos em sete municípios da região

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Segundo especialistas, macacos são sinalizadores da aproximação da doença

Reprodução

Desde janeiro, as cidades da RMVale, como de todo o Estado de São Paulo, estão atentas ao aumento no número de casos de infecção por febre amarela. Um dos principais sinalizadores da aproximação da doença é o registro de morte de primatas, que vem sendo registrados com maior frequência na região nos últimos meses.

O primeiro caso foi confirmado em 24 de janeiro, em Taubaté, sobre uma morte no bairro do Areão em dezembro de 2017. Em sequência outros casos foram surgindo, em Jacareí, São José dos Campos, Bananal, Pindamonhangaba, São Sebastião e Ubatuba, cada cidade com um caso confirmado.

Além disso, ainda existem casos que seguem em análise pelo Instituto Adolfo Lutz, de macacos encontrados mortos em São Sebastião, São José dos Campos, Guaratinguetá e Ubatuba.

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Em todos os casos, as equipe de Vigilância Sanitária e da Secretária de Saúde dos municípios realizam ações pontuais na região ao em torno do local onde o primata foi encontrado, com imunização da população, ebulização e outros métodos preventivos.

Entretanto, desde o início os especialistas e profissionais a frente das equipes de Vigilância e da Saúde reforçam que os macacos não são os vilões e transmissores, mas vítimas da doença, como os humanos.

“Eles são sentinelas e nos ajudam a identificar áreas de circulação da doença. Quando encontramos um animal morto com resultado positivo para a febre amarela é o indicativo da presença do vírus naquele local. Os bugios são os mais sensíveis à odneça. Muito deles foram a óbito durante a disseminação da febre amarela. Outras espécies como o sagui e o macaco prego já são mais resistentes”, explicou a médica veterinária Hanna Sibuya, da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em entrevista a edição de fevereiro da Metrópole Magazine. Confira a reportagem neste link: meon.com.br/revista/fevereiro.

Os dados oficiais da Prefeitura de Ubatuba confirmam 2 casos negativos, em Perequê-Mirim e Enseada, 1 positivo na Praia da Fazenda e 1 aguardando análise, registrado em Araribá. Já em São Sebastião, foram 1 macaco com morte positiva e 2 negativos, e em Taubaté, foram encontrados 27 macacos mortos, mas apenas 1 caso confirmado.

De acordo com as reportagens publicadas pelo Meon, as cidades de Jacareí, São José, Bananal e Pindamonhangaba, registraram uma morte de macaco por febre amarela cada uma somente em 2018.

Imunização

A vacinação, que teve início em 25 de janeiro, segue sendo realizada nas 37 cidades da RMVale, como em outras do Estado que ainda não alcançaram a meta de 95% de pessoas imunizadas.

“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo segue atuando, em conjunto com os municípios, para identificar pessoas não vacinadas durante a campanha de imunização. Especificamente na campanha, foram vacinadas 5,3 milhões de pessoas, o que representa 57,4% do público-alvo”, declarou o governo estadual.

A administração de São Sebastião aponta que 33 mil pessoas foram vacinadas na cidade, mas que ainda faltam 43% da população para atingir a meta. Em Ubatuba, houve a imunização de 34.921 moradores, restando 53% do total. Já em Taubaté, 256.379 pessoas foram imunizadas, ultrapassando a meta de 252 mil.

“A recomendação é que a população que ainda não se vacinou busque o quanto antes um posto de saúde já que a vacina leva 10 dias para fazer efeito entre sua aplicação e a imunização de fato. Para se vacinar é necessário apresentar um documento de identidade com foto (RG ou CNH, por exemplo) ou certidão de nascimento (no caso de crianças)”, declarou a Vigilância Epidemiológica de Ubatuba sobre a vacinação em toda a região.

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