Rede abrange as secretarias de Saúde, Educação e Cidadania, Esporte e Qualidade de Vida, Apoio Social ao Cidadão, Mobilidade Urbana e a FCCR Foto: Claudio Vieira/PMSJC
A Prefeitura de São José dos Campos lançou nesta segunda-feira (9) a RIA - Rede de Inclusão ao Autista, que permite oferecer uma assistência mais ampla aos indivíduos com TEA - Transtorno do Espectro Autista, por meio de um sistema de informação unificado que possibilita acompanhar o histórico de atividades e a inclusão destes pacientes em diversos serviços municipais. A rede abrange as secretarias de Saúde, Educação e Cidadania, Esporte e Qualidade de Vida, Apoio Social ao Cidadão, Mobilidade Urbana e a Fundação Cultural Cassiano Ricardo. O serviço integrado permite o acompanhamento e monitoramento do indivíduo para a inclusão social, inclusão no mercado de trabalho, ressocialização, promoção de saúde, apoio psicossocial e reabilitação, conforme o projeto terapêutico individual. O objetivo é proporcionar também apoio integral às famílias, por meio de palestras e seminários. O público-alvo são as crianças, jovens, pais e familiares de autistas. Hoje, cerca de 400 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, já estão inseridos na rede e recebem acompanhamento do poder público nas áreas de neurologia, psiquiatria, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicomotricidade, estimulação sensorial, musicoterapia, esporte, avaliação psicopedagógica, educação e ensino profissionalizante. Cada secretaria, dentro de suas competências, ofertará ações inclusivas, nos recursos e equipamentos do território do indivíduo. O projeto terapêutico a ser desenvolvido deve resultar da participação dos técnicos, colaboradores intersecretarias e das decisões familiares. Todo projeto terapêutico, portanto, será individualizado e deverá atender às necessidades de cada um. Para Eliana Sodré, da gerência técnica do GAIA (Grupo de Apoio ao Indivíduo com Autismo) a iniciativa é válida e promissora. “Estamos muito otimistas. Queremos que expanda para atender além da rede municipal de ensino, a estadual também, pois tem muitos autistas que estão na rede estadual. Vejo que o projeto já está funcionando bem. Aqui no GAIA tivemos um caso em que acionamos a prefeitura e ficamos satisfeitos. Com a RIA a prefeitura pode identificar a necessidade dos indivíduos e iniciar o atendimento iniciando pelo que é prioridade” falou. Fabiana Morais de Faria, administradora de empresas, de 43 anos, participou das reuniões que antecederam a criação do projeto. “Acompanho as discussões sobre o RIA com outros pais de autistas há 1 ano e meio. No final de novembro, a prefeitura nos apresentou o projeto, mas acho que ainda precisa melhorar muita coisa, pois, pedimos um Centro Especializado para Autista, mas não foi aprovado. Acho que a rede vai facilitar a comunicação entre as secretarias, pois cada uma já tinha seus projetos individuais, mas agora poderão conversar entre si”, comentou. Fabiana destaca a importância do apoio às famílias dos autistas. “Recebi meu filho através de adoção quando ele estava na semana de completar 5 anos e eu já sabia que ele era autista. Desde então o Calebe passa por vários tratamentos, mas ainda acho pouco. E olha que meu filho tem convênio médico e estuda em escola especial. Penso nos pais que, infelizmente, não têm condições, pois existem muitas crianças que não fazem nenhum tipo de tratamento. Com a RIA acredito que as pessoas terão acesso a alguns serviços importantes, mas precisamos acompanhar pra ver como vai ser a abertura das agendas, para vermos se todos serão atendidos”, finalizou.
|
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.