Por Henrique Macedo Em RMVale

Projeto do Novo Centro de São José mantém árvores no meio de avenida

Prefeitura não transplantou jacarandás na Nove de Julho; urbanista critica

arvore_nove_de_julho

Prefeitura manteve dois jacarandás no meio da avenida Nove de Julho

Pedro Ivo Prates/Meon


O projeto de requalificação de áreas do centro de São José dos Campos tem ganhado bastante repercussão entre os moradores da cidade.

O Novo Centro, projeto da Prefeitura de São José dos Campos orçado em R$ 10.783.452,95, prevê mudanças nas avenidas São José, Madre Tereza, rua Rui Dória, Travessa João Dias, praça Padre João (Igreja Matriz) e avenida Nove de Julho.

Além dos polêmicos quiosques construídos na avenida São José e que poderão ser explorados por comerciantes, a obra da Nove de Julho, uma das principais vias do centro expandido de São José, "contempla uma intervenção de 1,3 quilômetro, com implantação de ciclovia e novas áreas de passeio. O canteiro central será realocado, preservando as árvores do local", de acordo com a prefeitura.

Leia MaisObras do Novo Centro de São José ficam R$ 2 milhões mais carasAbaixo-assinado pede paralisação das obras do Banhado, em São José

A reportagem do Meon esteve no local e constatou que o canteiro central em toda a via foi retirado. Apenas no trecho em frente ao Parque Vicentina Aranha é que dois jacarandás mimosos foram mantidos, uma situação que pode confundir os motoristas.

"Sob o aspecto viário, teria que retirar. É um tipo de árvore que tem um porte e que nunca deveria ter sido plantada no local. A prefeitura foi omissa em deixar essa árvore naquele lugar. Não pode colocar as pessoas em risco por causa disso, nem comprometer o projeto que, a princípio, tem uma proposta de melhorar a avenida", analisa Flávio Mourão, arquiteto e urbanista.

Em nota, a Secretaria de Transportes informou que as árvores não resistiriam à mudança de local e que a solução adotada considerou esse aspecto ambiental, mas também a segurança e ordenação de trânsito. Para a pasta, "o canteiro garante uma diminuição de velocidade na via, o que é desejável em uma via de contexto urbano, além de oferecer uma ilha de refúgio aos pedestres com uma travessia feita em duas etapas".

Mourão rebate. "Tem como fazer compensação de outras maneiras. Não era uma mata que sobrou, uma árvore nativa daquele ambiente. Tem que buscar a preservação, mas também não pode criar uma situação de risco para as pessoas e motoristas".

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Henrique Macedo, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.