Para arcebispo, católicos não podem ficar de 'braços cruzados'
Arquivo/Meon
Em ano de eleições, o Santuário de Nossa Senhora em Aparecida vai convocar os fiéis a se envolverem de forma mais ativa na política do país. Nesta terça-feira (2), a Arquidiocese lançou a campanha 'Eu Sou O Brasil Ético', que convida a uma reflexão sobre o atual momento político do país.
De acordo com o arcebispo Dom Orlando Brandes, a ideia da campanha surgiu após um ano que escancarou diversas facetas da corrupção no cenário político nacional. O religioso afirma que a política deve ser encarada como uma obra social e que este ano eleitoral não será igual aos outros.
“Depois da comprovação de que nossa política deve melhorar muito, pensamos em realizar uma campanha a favor da ética para ajudar a população a não cair no pessimismo e, sobretudo, não perder a esperança no caminho político, que é a única forma de promover mudanças em nossa sociedade. Devemos lembrar que a própria mãe de Deus teve atuação política”, afirma.
Ele acrescenta que a campanha não se trata de eleger uma bancada católica ou fazer propaganda para partidos políticos. A intenção é trazer os fiéis para o debate e até incentivar os que têm vontade de se arriscar na vida política.
“Todo cidadão que se candidata à política está entrando numa missão. É preciso pensar no povo, trabalhar os critérios de ética, retidão e honestidade. Atualmente nem todos fazem da política esta missão. Muitos aproveitam-se para interesse próprio”, afirma.
O arcebispo ainda citou exemplos pelo país de pastorais que auxiliam no preparo de pessoas que querem se candidatar, oferecendo uma espécie de escola para leigos. A iniciativa, de acordo com ele, deu certo em outras cidades.
“Em Londrina, por exemplo, foi realizada esta proposta. Das 90 pessoas que se inscreveram, cinco foram eleitas. A igreja não pode ficar omissa. Precisamos de políticos com critérios cristãos e humanos”, afirma.
Legislativo
Além de sugerir a preparação de candidatos, o movimento ainda pede aos fiéis que acompanhem as ações do Legislativo, indo às sessões de Câmara de sua cidade e também cobrando sobre decisões e votações de seu candidato.
“É legítimo a gente acompanhar o desenvolvimento da política no Legislativo. A Pastoral Política faz este trabalho de acompanhar, fiscalizar e cobrar coerência do candidato com as promessas de campanha e os discursos nas próprias casas legislativas”, diz.
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