Por João Pedro Teles Em RMVale

Professores da Univap se unem contra o projeto Escola Sem Partido

Docentes enviaram uma moção de repúdio à Câmara nesta quarta

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Propositura pode ser votada na sessão desta quinta-feira (7)

Divulgação/CMSJC

Professores da Univap (Universidade do Paraíba) apresentaram, nesta quarta-feira (6), uma moção de repúdio ao projeto ‘Escola Sem Partido’, que tramita na Câmara de São José.

De acordo com o documento assinado pelos docentes, o projeto pretende “policiar e censurar o trabalho docente, acabando com a pluralidade de ideias, valores e identidades presentes nos espaços escolares”.

O projeto entrou em pauta na sessão da última quinta-feira (30), mas, após pressão popular, foi adiado pelo Legislativo. A votação pode acontecer nesta quinta (7).

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A moção de repúdio junta-se ao movimento de outros professores que, independentemente, enviaram, na terça-feira (5), uma representação contrária ao projeto.

O documento assinado pelos docentes da Univap ainda salienta o papel das entidades de ensino no que diz respeito à educação para a tolerância e respeito às diferenças.

“Para tanto, interessam às escolas todas as temáticas presentes na comunidade da qual ela faz parte. E isto só é possível garantindo a liberdade para o ensino e a aprendizagem.”

Outro lado

Autor da proposta, o vereador Lino Bispo (PR) afirma que os professores da Univap não entenderam sua propositura. De acordo com ela, não se trata de ser contra instituições ou professores, mas sim de evitar um processo de “doutrinação partidária”.

“Eles estão na contramão do entendimento. Respeito, mas eles estão equivocados. O professor não pode querer transpor a ideologia dele para os alunos. Hoje, nas escolas, há muitos professores com bandeira política querendo impor isso aos nossos filhos”, afirma.

Questionado se essa ‘doutrinação’ seria o maior problema da educação na atualidade, o vereador reconheceu que há questões maiores.

“Não é o principal, mas é um dos grandes problemas. O professor precisa ganhar mais, ter mais preparo, se formar com mais qualidade. Mas se a sociedade não se atentar essa doutrinação vai ser o maior dos nossos problemas”, conclui.

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