Macaco morto estava próximo ao chamado corredor ecológico
Ricardo Martins
A Prefeitura de São José dos Campos confirmou, nesta quinta-feira (15), a primeira morte de macaco por febre amarela na cidade. O animal foi encontrado morto no dia 31 de janeiro na estrada Municipal Sá Flor, no Recanto São João, próximo ao bairro Bonsucesso, na região norte da cidade. O resultado do exame do material colhido foi divulgado nesta quinta pelo Instituto Adolfo Lutz.
Na última sexta-feira (9), um outro macaco foi encontrado morto na mesma estrada. Os tecidos dos órgãos do macaco foram recolhidos e enviados para análise ao Adolfo Lutz, para que seja confirmada ou não a suspeita da morte por febre amarela. Não há prazo para entrega do resultado.
Além desta nova suspeita, a prefeitura aguarda o resultado dos exames de outros dois primatas mortos em janeiro. O primeiro foi encontrado às margens da Rodovia dos Tamoios, na região sudeste da cidade, e o segundo na estrada Adolfo Batista da Cruz, na altura do número 571, no bairro Cajuru, região leste.
Ações de bloqueio
Todos os locais onde os primatas foram encontrados são próximos ao chamado corredor ecológico. Em todas essas regiões, a Prefeitura realizou vacinação de casa em casa e ações de bloqueio, como nebulização das residências próximas onde os animais foram encontrados.
A orientação da administração municipal, em caso da ocorrência de um macaco encontrado morto ou que aparente estar doente, caído, prostrado ou cambaleante, é comunicar imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses, pelos telefones 3931-2292 e 3934-4923; o núcleo de Vigilância do Hospital Municipal, telefones 3901-3509 e 3901-3453 ou 156.
Assim como os seres humanos, os macacos são vítimas da febre amarela. O aparecimento de animais mortos é um sinal de alerta de que o vírus está circulando na região de mata, portanto, um aviso para que ações de prevenção sejam tomadas para evitar que as pessoas sejam contaminadas.
Humanos
Em São José dos Campos foram registrados este ano três casos de febre amarela silvestre. Todos contraíram a doença fora do município. M.J.B., de 28 anos, veio a óbito na noite de 10 de janeiro. Ele passou as festas de final de ano na cidade de Mairiporã, na grande São Paulo, onde há surto da doença.
Outros dois casos também são de pacientes homens, que tiveram alta hospitalar e passam bem. J.A.J., de 47 anos, morador do Jardim Aquárius, também visitou a cidade de Mairiporã. O segundo caso é de W.B.O., de 40 anos, morador do Bosque dos Ipês, informou à equipe da Vigilância Epidemiológica ter visitado a cidade de Arujá.
A Vigilância investiga outros dois casos suspeitos. São duas mulheres, de 27 e 39 anos, respectivamente, moradoras do Jardim Colonial e do Jardim Satélite, na região sul. Elas já tiveram alta e passam bem. Os resultados ainda não foram divulgados pelo Adolfo Lutz.
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