Manifestantes afirmam estarem desapontados com o governador João Dória
Colaboração/RedesSociais
Na tarde desta segunda-feira (4), policiais civis de ao menos cinco cidades da RMVale participaram de uma manifestação em repúdio ao reajuste de 5% no salário base dos policiais militares, civis e técnico-científicos, agentes de segurança penitenciária e de escolta e vigilância penitenciária. Segundo a categoria, o aumento não cobre nem a inflação acumulada.
A concentração teve início às 14h e aconteceu simultaneamente em três pontos da capital paulista. Policiais civis de Guaratinguetá, Taubaté, Aparecida, Cruzeiro, São José dos Campos e outras cidades de todo o estado se reuniram em frente ao Palácio da Polícia Civil e fizeram uma passeata até o prédio da SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Segundo o Sipesp (Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo), uma das entidades organizadoras da manifestação, um levantamento prévio aponta que 1.500 pessoas participaram do ato. O protesto foi encerrado por volta das 17h30.
O reajuste foi anunciado pelo governador João Doria no dia 30 de outubro. Também foram anunciados outros benefícios como assistência jurídica, programa de bonificação, ajuste do auxílio alimentação e adicional de insalubridade.
Porém, as medidas não foram bem recebidas pelos policiais. Para o delegado corregedor da Seccional de Guaratinguetá, Francisco Sanini, o último reajuste aconteceu há dois anos e o aumento de 5% não cobriria nem a inflação do período – segundo o IPCA, a soma das inflações de 2017 e 2018 é de 6,7%.
Sanini comenta que a insatisfação se deu porque o governador João Dória (PSDB) fez uma grande campanha de valorização da classe policial, mas, até o momento, não teria atendido as expectativas da mesma.
“Basicamente o aumento de 5% não serve nem para corrigir a defasagem da inflação. [...] Doria fez essa campanha da valorização policial com veemência. Foi criada uma expectativa da classe que acabou sendo frustrada com o anúncio do reajuste”, afirma Sanini.
O delegado diz ainda que a categoria reivindica outros tópicos além do salário como, por exemplo, falta de pessoal, infraestrutura das delegacias e reformas dos prédios. “A policia civil vem sendo sucateada há muito tempo. Tem pouco policial, falta infraestrutura e equipamento. Eu mesmo, como delegado, estou acumulando cinco funções”, conta.
Leia a nota do Governo do Estado de São Paulo na íntegra:
O Governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa, na sexta-feira (1º), o Projeto de Lei que prevê o reajuste salarial de policiais e agentes penitenciários, além de um pacote de valorização profissional. Desta forma, o Governo segue aberto ao diálogo com o Poder Legislativo, entidades de classe e sociedade civil sobre o tema. Em um momento em que seis Estados estão quebrados e parcelando salários e cinco não sabem sequer como vão pagar o 13º salário, São Paulo não só paga em dia os vencimentos de todos os seus servidores públicos, como também previu aumento salarial aos policiais e aumentou em 50% o bônus por resultados para 2020 da categoria, medidas que vão gerar um impacto de R$ 1,5 bilhão no orçamento estadual.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.