A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), uma operação para prender suspeitos envolvidos no ataque ao assentamento Olga Benário, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em Tremembé. A ação cumpre 10 mandados de busca e apreensão e dois de prisão em São José dos Campos e Taubaté.
O atentado ocorreu no dia 10 de janeiro, quando um grupo armado invadiu o assentamento e disparou contra os moradores, deixando dois mortos e cinco feridos. O suposto mandante do crime foi preso no dia seguinte, e a polícia já identificou outros quatro suspeitos e dois veículos usados na ação.
O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, após solicitação do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Vítimas e investigações
As vítimas fatais foram Gleison Barbosa Carvalho, de 28 anos, e Valdir do Nascimento, de 53 anos, líder do assentamento. Os feridos foram levados para hospitais da região, e um deles, em estado mais grave, passou por cirurgia e segue em observação.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por disputas de terras. Os criminosos chegaram ao assentamento em cinco carros e três motos e abriram fogo contra os moradores.
As vítimas foram veladas no Cemitério Municipal de Tremembé e cremadas no Memorial Sagrada Família. Durante o velório, autoridades como os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos), além do deputado estadual Eduardo Suplicy, estiveram presentes para prestar solidariedade às famílias.
O MST informou que duas das vítimas, mãe e filha, passaram por cirurgias e estão em estado estável. Outro ferido, um menino que perdeu o irmão no ataque, também segue em recuperação.
A polícia segue com as investigações para prender os responsáveis e esclarecer os detalhes do crime.
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