Por Meon Em RMVale

Pai que matou filha de 4 anos é condenado a 24 anos de prisão

Ricardo Najjar retorna para presídio de Tremembé nesta quinta

Sophia, 4 anos, morta pelo pai Ricardo Krause Esteves Najjar, que está preso em Tremembé

A menina Sophia foi sufocada, teve tímpano estourado, edema cerebral e 21 hematomas no corpo

Reprodução

O auxiliar administrativo Ricardo Krause Esteves Najjar foi condenado, na madrugada desta quinta-feira (1), a 24 anos e 10 meses de prisão pela morte da filha de 4 anos, asfixiada em dezembro de 2015. Após o julgamento no Fórum da Barra Funda, em São Paulo, Ricardo Najjar voltou para a Penitenciária 2 de Tremembé, onde está preso desde março de 2017.  

"Foi um crime brutal, covarde, cruel, marcado por muitos predicados negativos que a juíza realçou bem", disse, em entrevista a canais de televisão após a sessão, o advogado da mãe de Sophia, Alberto Zacharias Toron, que considerou a condenação justa. 

Já o defensor de Najar, Antônio Ruiz Filho afirmou que o caso foi um "acidente doméstico" e que vai recorrer. A pena foi definida em 24 anos, 10 meses e 20 dias de prisão. 


O crime
Em 2015, a Polícia Civil concluiu que a menina Sophia, de 4 anos, foi assassinada pelo pai. Ela foi encontrada morta com um saco plástico na cabeça no dia 2 de dezembro, no apartamento do pai, na zona sul de São Paulo.

No início, havia suspeita de a criança ter sufocado acidentalmente. Laudos do IML (Instituto Médico Legal), porém, apontam que ela foi vítima de agressão, mas descartaram abusos sexuais.

Segundo os exames, Sophia morreu sufocada por esganadura, teve o tímpano esquerdo estourado, sofreu um edema cerebral e ficou com 21 hematomas espalhados pelo corpo. A principal suspeita é que ela tenha sido assassinada após contrariar o pai.

Em depoimento, Najjar afirmou que encontrou a menina caída depois de sair do banho. Ele teria posto a criança sobre a cama e só então tentado tirar o saco que a sufocava. Ao perceber que havia sangramento no rosto de Sophia, ele teria ligado para pedir socorro.

Os policiais, no entanto, contestam a versão do suspeito. Os dados do telefone de Najjar mostram que ele teria ligado primeiro para o pai, depois para a namorada e só depois para o Samu.

Segundo Elisabeth Sato, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), o Ricardo Krause não chorou nem esboçou nenhum tipo de reação durante os depoimentos. “Estamos convictos da autoria”, disse.

sophia 2.jpegSophia, 4 anos, morta pelo pai Ricardo Krause Esteves Najjar, que está preso em Tremembé

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