Orquestra Joseense encerra o ano com homenagem a Tom Jobim

A Orquestra Joseense, dentro da programação cultural da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, homenageia neste dia 14, no Teatro Municipal, o maior nome da música popular brasileira, Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Tom Jobim, como ficou conhecido em todo mundo, tinha estreita relação com São José dos Campos. O evento encerra a temporada de concertos da orquestra neste sábado, às 20h.

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Além da execução das mais conhecidas obras de Tom Jobim, a cantora Ana Morena, também participará do espetáculo interpretando músicas que se tornaram clássicos dentro da MPB. A ideia inicial de homenagear o compositor teve início na Semana Cassiano Ricardo, que teve nos dois últimos anos com grande sucesso, sua programação incorporada a do Festival Litero Musical (Flim), que ocorre no Parque Vicentina Aranha, na programação da AFAC.

Ainda é possível visitar no Pavilhão Marina Crespi, dentro do parque, a exposição em homenagem aos 30 anos da morte de Tom Jobim e aos 50 anos da morte do poeta joseense. Nela, o visitante descobrirá a ligação de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim com São José dos Campos e com a obra do poeta Cassiano Ricardo. O evento foi montado pelo curador da Semana, do estudioso da obra e vida do poeta, o jornalista Júlio Ottoboni, em parceria com musicista e doutora Raquel Aranha, do Centro de Documentação Musical de São José dos Campos, (CDM)/ SOCEM.

A FCCR preparou um video sobre Tom Jobim, exibido no local da exposição, junto com várias fotos e algumas partituras do maestro. A novidade é ver Tom declamando o poema Luto, de Cassiano Ricardo. O compositor e maestro foi casado com a joseense Ana Beatriz Lontra Jobim.

Ana Lontra Jobim é mãe de João Francisco (falecido em um acidente de carro) e da cantora Maria Luiza. Ambos filhos de seu casamento com Tom Jobim. Numa grande matéria na Revista Serafina, em setembro de 2008, se revelou:

“No dia 5 do mês 5 de 1955, às 5 horas e 45 da manhã, na cidade paulista de São José dos Campos, nasceu Ana Beatriz Lontra, touro com ascendente touro, a única mulher dos quatro filhos de dona Dorita e do aviador Aloysio Lontra Netto. Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim tinha 28 anos... Ana perdeu o pai aos 13 anos, aos 19 se mudou com a mãe para o Rio de Janeiro e, no ano seguinte, por intermédio do pintor Angelo de Aquino, conheceu Tom Jobim no Luna Bar, no Leblon. Ela tinha 20; ele, 48.”

Tom teve ligações profundas com São José dos Campos e sua gente, o que foi lembrado na Semana Cassiano Ricardo e na Flim deste ano. Jobim foi tão nacionalista e genial quanto a brasilidade de Cassiano Ricardo, de quem era leitor e declamador de seus poemas em bares de Ipanema. Em 1977, Tom Jobim se casou com a joseense Ana Beatriz Lontra.

O pai de Tom, o gaúcho residente no Rio de Janeiro, Jorge de Oliveira Jobim, foi diplomata, jornalista e poeta e grande influenciador do filho nas letras. Formado em Direito na então capital da república, conheceu Cassiano Ricardo na Universidade do Brasil, onde ambos se graduaram em Direito. A proximidade se deu pela poesia, pois ambos eram poetas parnasianos. Também frequentavam a Livraria Garnier, um famoso espaço cultural carioca, e tiveram vários amigos em comum, entre eles Carlos Drummond de Andrade.

Tom Jobim morreu no ano do centenário de Cassiano Ricardo. O dia 8 de dezembro de 1994, aos 67 anos, no hospital Mount Sinai, em Nova York, após uma embolia pulmonar, quando sofreu uma parada cardíaca. Ele é o músico brasileiro de maior projeção mundial.

O ingresso é solidário (um pacote de trigo ou fubá) e pode ser reservado por meio do site da FCCR.

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