Número de estabelecimentos comerciais cai 17,1% em Pinda

Quase 90%% das lojas de decoração têm até quatro empregados

Arquivo Meon

O número de estabelecimentos comerciais em Pindamonhangaba caiu 17,1% de 2007 a 2016, segundo estudo do Sindicato do Comércio Varejista de Pindamonhangaba, em parceria com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Os dados foram levantados a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), órgão do Ministério do Trabalho.

No período, 404 empresas do setor foram extintas no município, reflexo da crise econômica, segundo o assessor econômico da FecomercioSP, Jaime Vasconcellos. “Até 2011 o Brasil apresentou um bom crescimento. A partir de 2012 começamos a ter o início da crise, que refletiu no fechamento das pequenas empresas e na maior concentração dos estabelecimentos”.

Das atividades consolidadas, as maiores retrações foram registradas nos supermercados (-27,4%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (-16,2%). Na contramão desse movimento apareceu a abertura de farmácias e perfumarias, com crescimento de 16,5%.

Apesar da redução de quantidade de supermercados na cidade, a atividade aparece como a de maior participação entre os estabelecimentos do comércio varejista local, com 21,4% do total. Em seguida aparecem lojas de vestuário, tecido e calçados (18,3%) e materiais de construção (12,3%).

Comum no setor como um todo, as micro e pequenas empresas também predominam no comércio varejista da cidade. Do total de estabelecimentos, 85,1% possuem até quatro funcionários, sendo responsáveis por 22,6% da força de trabalho do setor.

No município, de todas as lojas de móveis e decoração, 89,8% têm até quatro empregados, cenário similar às lojas de vestuário, tecidos e calçados, onde 88,9% são desse porte.

Os estabelecimentos que possuem de 5 a 9 trabalhadores representam 8,6% do comércio varejista local, empregando 20,7% dos profissionais. Já as empresas do setor com maior porte, apesar de menor participação em quantidade de lojas, empregam percentuais expressivos de mão de obra. O destaque fica por conta dos estabelecimentos de 10 a 19 colaboradores, que têm participação de 4% no mercado e possuem 20% do estoque de empregos formais.