O prefeito de São José dos campos, Felício Ramuth (PSD), afirmou em entrevista na manhã desta quarta-feira (2), que um novo edital do transporte público deverá ser publicado em 15 dias.
“Foi rescindido [o contrato com o Grupo Itapemirim]. A gente esperava que eles o fizessem e não fizeram. Diferente da aviação, não deu prejuízo pra ninguém. Lamentavelmente nenhuma das empresas que continuam operando quiseram entrar no processo licitatório, mas em 15 dias iremos apresentar um outro, com modelo inclusivo, que mostre eficiência para que possamos ter um transporte público de qualidade”, afirmou o prefeito em entrevista à rádio CBN Vale.
As alterações da qual Felício se refere deverá servir para atrair a atenção de mais empresas interessadas. Na última licitação realizada pela prefeitura, somente o Grupo Itapemirim apresentou propostas, o que permitiu a empresa vencer os dois lotes operacionais.
O contrato, contudo, acabou rescindido, como dito por Felício, após a empresa não apresentar o contrato válido para a compra da nova frota que serviria para operar o transporte em São José.
O Grupo Itapemirim chegou a comprar 500 ônibus elétricos que seriam destinados à operação do transporte público em São José dos Campos.
Contudo, de acordo com a prefeitura, a compra teria sido realizada com uma fabricante chinesa sem representação comprovada de um escritório no Rio de Janeiro, fora do prazo e documentação toda em chinês. Em decorrência dos diversos problemas, a rescisão de contrato foi iniciada.
“A documentação apresentada não comprova a aquisição de forta para a operação dos serviços de transporte, mas trata-se de contrato firmado com intermediado que se compromete a assinar, no futuro, contrato de aquisição de frota para o grupo”, destacou uma nota da prefeitura na ocasião.
Em dezembro de 2021, o Grupo Itapemirim suspendeu todos os vôos que tinha agendado. Na época, o grupo afirmou que as suspensão dos vôos era temporária e se dava por conta de uma "reestruturação interna".Entretanto, diversas denúncias de atraso nos salários dos funcionários e dívidas com fornecedores acabaram vindo à tona.
Desde 2016, o Grupo Itapemirim enfrenta um processo de recuperação judicial. Na época, a justificativa da companhia foi a "conjuntura financeira e econômica do país".
Atualmente, estima-se que a dívida da empresa ultrapasse os R$ 200 milhões de reais em credores, além de R$ 2 bilhões em dívidas tributárias.
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