Caminhões com remédios e oxigênio são liberados pelos grevistas
Pedro Ivo Prates/Meon
Após nove dias de paralisação na RMVale, os caminhoneiros seguem firmes com a greve que atinge diversos trechos na Rodovia Presidente Dutra. Mesmo com os acordos anunciados pelo governo Michel Temer (MDB), os grevistas continuam reivindicando melhorias na região.
Um dos caminhoneiros que reivindica direitos no trecho de Jacareí, o autônomo Elizandro Pessoa, de 31 anos, afirma que os acordos anunciados pelo governo não mudam em nada na situação das paralisações. “Aqui não passa nenhum caminhão de combustível. Não vamos dar trégua e vamos continuar do mesmo jeito. Eles (governo) querem abaixar o valor do diesel por 60 dias só, o que é inadmissível”.
De acordo com o caminhoneiro, apenas carregamentos de oxigênio e remédios são autorizados pelos grevistas a passar pelas barreiras. “A polícia já tentou tirar caminhões de combustível daqui, mas nós não deixamos”, completa Elizandro.
Paralisação
No momento, prefeituras da região mantêm os transportes coletivos com frota reduzida e algumas cidades suspenderam as aulas nas escolas da rede municipal. O Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), responsável pelo abastecimento de feirantes, mercados e hortifrutis na região, está com 10% de seu estoque de hotifruti e 5% de flores.
Em alguns supermercados de São José dos Campos, o Meon apurou que há falta de ovos, pão de forma e outros alimentos que costumam ter estoque pequeno por conta do curto prazo de validade. Em alguns estabelecimentos, prateleiras de frutas e legumes estão vazias; onde há os produtos os preços estão mais caros, como a batata que chega a custar R$ 13 o quilo.
Até o momento, os grevistas ocupam os trechos de Jacareí (km 158, 159, 162 e 166), São José dos Campos (km 154), Caçapava (km 130), Pindamonhangaba (km 92) e Lorena (km 52).
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