Puublicação com currículo de desempregado viraliza nas redes sociais
Reprodução/Facebook
A imagem de um menino sentado sozinho em uma mesa de uma lanchonete no centro de Caraguatatuba chamou a atenção de uma funcionária pública na última sexta-feira (15). Ela foi até o garoto de nove anos, que contou que a família passava por dificuldades. Estava em um semáforo vendendo balas junto com seu pai, que também entregava currículos em comércios próximos.
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Para tentar ajudar de alguma forma, ela pediu um currículo do pai do garoto. Logo seguinte, fez uma postagem no Facebook com os contatos do desempregado e explicando toda a situação. A publicação viralizou. Até a tarde desta terça-feira (19), eram mais de 4,7 mil reações e 4,5 mil compartilhamentos.
“Eu não esperava toda essa repercussão", afirma Anna Cândida Debreix Graciottin. "Nem tenho uma rede muito grande de amigos e coloquei para dar uma ajuda mesmo. Pensei comigo se 30 ou 40 vissem, já estaria bom. Tem muita gente me ligando. Mas o mérito é das pessoas que compartilharam também. Sem eles, não teria esse impacto".
Segundo ela, a lanchonete tinha preparado um lanche ao garoto, que ainda iria guardar um pedaço para levar aos irmãos. O menino chamou a atenção por que ele estava sozinho em uma mesa ao lado de uma família grande.
"Até pensei que fosse uma discriminação. Cheguei e fui conversar com ele. Falei que poderia escolher mais um lance e ele disse que poderia ser o mais barato para eu não gastar muito, mas respondi que não tinha problema. Mostrou uma maturidade muito grande, falando que a família poderia ser desejada por causa de aluguel atrasado”, afirma.
O encontro com a família está marcado para esta terça-feira. A funcionária pública disse que algumas pessoas, sensibilizadas, fizeram doações.
“Tem muita gente que não pode dar dinheiro, mas dão roupas, mantimentos.Fico muito feliz se pude ajudar de alguma maneira”, ressalta Anna Cândida.
"Ajudou"
O desempregado Paulo Leandro Ferreira, de 30 anos, está sem trabalho há quatro meses, quando foi demitido de um trabalho. Já teve experiências como garçom e pizzaiolo e busca uma nova recolocação. Após a publicação, algumas oportunidades têm surgido.
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“Já fiz quatro entrevistas para trabalhar em pizzaria, com telemarketing. Como sou pizzaiolo, no domingo fui trabalhar e a dona disse que enquanto eu não arrumar algo poderia ir”, comenta.
Desde que foi demitido, vender balas foi uma alternativa encontrada. “Tem muita gente que critica, mas pelo menos estou fazendo um negócio certo. Mas acredito que ela me ajudou muito. Coloquei nas mãos de Deus. Estou esperando”, conclui.
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