Artistas ocuparam as galerias do plenário, mas projeto ainda não foi votado
Pedro Ivo Prates/Meon
Representantes do movimento cultural de São José dos Campos apostam em intervenções artísticas nas ruas da cidade para chamar a atenção da população para o projeto da 'Lei dos Malabares'.
As ações têm sido registradas em vídeos e publicadas nas páginas dos integrantes do movimento, no Facebook.
Em uma das ações, o grupo utiliza a faixa de pedestres da avenida Eduardo Cury durante o sinal fechado. Dez integrantes cantam em coral a música Ronco da Cuíca, de João Bosco, enquanto malabares realizam uma performance. O vídeo já conta com mais de 8,7 mil visualizações no Facebook.
Os artistas se mobilizaram para protestar contra o projeto nesta quinta-feira (25) e chegaram a ocupar as galerias do plenário. Entretanto, antes mesmo do início da sessão, foi anunciado que o projeto não entraria em votação.
“A gente vai continuar se mobilizando para barrar essa lei que engessa a atividade dos artistas de rua. Vamos nos organizar para voltar na próxima quinta-feira (1º) para pressionar os vereadores”, disse o idealizador dos vídeos, Marcelo Lira.
Parecer contrário
Relator da Comissão de Cultura e Meio Ambiente da Câmara, o vereador Esdras Andrade (SD) deu parecer contrário à proposta. De acordo com ele, o projeto precisaria ser melhor discutido com a sociedade.
“A gente precisaria conversar mais sobre isso. Minha parte eu já fiz, que é a de dar o parecer contrário. Os artistas estão no direito deles de reclamar e lutar pelo que acham correto”, explica.
Já o presidente da comissão, o vereador Marcão da Academia (PTB), defendeu um consenso entre as partes. O parlamentar vem promovendo reuniões entre artistas e o poder público e acredita em um acordo.
“A gente precisa ver o que é da vontade da população. A FCCR (Fundação Cultural Cassiano Ricardo) precisa criar meios para que estes artistas recebam para se apresentar em lugares públicos. Tenho feito pesquisas em diferentes regiões da cidade para entender qual é a opinião do povo da cidade sobre o tema”, diz.
Enquete
Uma enquete promovida no site do Meon mostra que, até a noite desta quinta-feira (25), 83% dos participantes não concordam com a proibição, contra 16% que apoiam a medida. Internautas que não têm uma opinião formada sobre o tema somam 1%.
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