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O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, esteve no Parque Tecnológico de São José dos Campos para a entrega de medalhas aos alunos premiados na edição de 2020 da OBA (Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica) nesta quarta-feira (30).
O evento é realizado pela Sociedade Astronômica Brasileira em parceria com a AEB (Agência Espacial Brasileira), vinculado ao MCTI. De acordo com as entidades, a Olímpiada é uma forma de promover o interesse de jovens, tanto do ensino fundamental quanto do médio, por questões relacionada às ciências astronáuticas e astronômicas.
Presente na premiação, o prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSDB) afirmou ser uma honra para a cidade receber um evento da magnitude da OBA, contando com a presença de um ministro do Governo Federal
“O ministro Marcos Pontes tem essa característica de proximidade com as pessoas. Ele tem uma grande capacidade técnica, além de uma sensibilidade social e política. Sabe estimular nossos jovens, em ocasiões como essa, a construir um país melhor. Acredito que seja uma honra para a cidade participar de um evento desse e receber o nosso astronauta, que por si só, com sua história de vida, já é uma grande estimulador de história para nossos jovens”, disse o prefeito.
Ministro fala sobre o desligamento do supercomputador Tupã
Após a premiação, em uma entrevista coletiva realizada no setor externo do Parque Tecnológico, o ministro Marcos Pontes afirmou que o Governo Federal não irá desligar o supercomputador Tupã no momento.
“Não iremos desligar o Tupã agora. Queríamos que tivesse outro supercomputador agora, estamos idealizando receber, mas vamos ter que aguentar um pouco mais com o equipamento velho. A minha ideia é conectar diversos supercomputadores. Pegar a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e com ela criar uma conexão com computador do INPE, o Santos Dumont em Petrópolis, os computadores do CIMATEC, em Salvador, e, posteriormente, conecta-los com a Europa com o intuito de aumentar essa capacidade a nível mundial”, afirmou o astronauta.
Situação financeira do INPE
Questionado sobre a situação financeira do INPE e se o Governo Federal deverá enviar recursos para o instituto em 2021, o ministro afirmou sentir preocupação por diversas unidades vinculadas ao Ministério.
“Por enquanto estou conseguindo manter o orçamento com o mínimo de corte, protegendo as unidades vinculadas e as bolsas no CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico). Contudo, isso só acontece por conta da dispensa de outras partes administrativas que eu estou tirando a cortes de 60 a 70%. Estamos funcionando no limite do orçamento”, disse o ministro.
Participação do Brasil no Programa Artemis
Questionado sobre o Programa Artemis, projeto espacial da NASA que pretende fazer voos tripulados até a lua com o objetivo de levar a primeira mulher à lua, o ministro se mostrou empolgado com a oportunidade e disse manter boa relação com a agência espacial americana
“Eu fiquei 20 anos com a NASA e, enquanto estava por lá, via muita coisa boa que passava e o Brasil perdia a chance de participar. Logicamente eu mantenho uma boa relação com a NASA e com outras organizações do setor. Quando tivemos a oportunidade de encaixar o país como um dos 11 parceiros da NASA nesse programa, não pensamos duas vezes”, afirmou.
Importância de São José para a ciência brasileira
Marcos Pontes morou durante 10 anos em São José dos Campos e afirmou gostar muito da cidade. Ele disse também ver grande potencial todas as áreas na cidade.
"São José é um polo que tem diversas coisas interessantes. Se voltarmos lá atrás quando Marechal Montenegro criou o CTA, a ideia dele foi excelente e muito à frente do seu tempo. Eu tento 'copiar' no ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações as ideias dele para que a criação de centros de tecnologia pelo país não parem. Juntar o ITA e as universidade, somando isso à capacitação de trazer empresas para aproveitarem e fazer essa conexão direta, é o que a gente precisa”, completou.
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