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“Meu filho foi vítima de bullying. Não agredi ninguém”, afirma pai suspeito de agressão em escola de São José

Polícia investiga caso que aconteceu no final de novembro na Escola Municipal Vera Babo de Oliveira

Escrito por Gabriel Campoy

22 DEZ 2021 - 10H36 (Atualizada em 28 DEZ 2021 - 11H47)

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O pai suspeito de agredir uma criança na EMEF (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Vera Babo de Oliveira falou com exclusividade para o Portal Meon que “em nenhum momento bateu ou fez as coisas que foram faladas” e que estariam sendo divulgados pelas redes sociais.

Segundo ele, o garoto em questão havia abaixado as calças e filmado seu filho, compartilhando as imagens em grupos de WhatsApp e no Instagram. “Foi um ato de muito mau gosto”, afirma o homem. 

“Eu nunca bati neste garoto. Eu não relei a mão nele. Eu simplesmente fui até a escola, desesperado, já que meu filho havia me exposto chorando toda a situação acontecida, e pedi explicações para a diretora”, afirmou o pai que preferiu não ter seu nome revelado.

De acordo com ele, seu filho se queixava há meses de situações constrangedoras vividas na escola.

“Meu filho falava há meses reclamando que vinha sofrendo bullying. Que os colegas enfiavam o lápis em seu ânus sempre que ele sentava na cadeira, que sumiam com o material dele e só devolviam na hora de ir embora, foi então que chegou nesse nível”, disse.


“Os próprios pais do garoto sabem que não encostei a mão nele”, afirma o pai

O responsável que diz ter o filho vítima de bullying, destacou à reportagem que foi até a escola “desesperado” procurar pela direção do colégio. A intenção era pedir ajuda para que o vídeo fosse apagado.

Na saída, ele teria encontrado o menino autor da “brincadeira” e que teria o repreendido, segundo ele, “sem encostar um dedo”.

“Falei para ele que era de muito mal gosto o que havia feito com meu filho. Perguntei onde estavam os pais dele e que queria falar com eles. Ele me respondeu dizendo que os pais não iriam buscá-lo no colégio porque estavam se separando e, por isso, ele iria embora de van”.

Em seguida, o pai teria pedido para que a criança apagasse o vídeo do celular e, como resposta, o garoto teria dito que não possuía celular.

“O que está sendo divulgado por aí, que eu arrastei o garoto para fora da escola, que eu bati nele e que abaixei as calças dele, tudo isso é um absurdo. É uma enorme mentira. Pintaram o garoto que agrediu meu filho como vítima. Isso não existe. Ele estava fora da escola, mas eu jamais encostei sequer um dedo nele”, enfatizou.

Ele ainda destaca que os pais do garoto “sabem que a 'brincadeira' foi de mal gosto”. Segundo o pai, quem estaria causando tumulto nas redes sociais seria a avó do menino.

“O próprio pai e mãe da criança fizeram um boletim de ocorrência em que eles afirmam que eu não encostei a mão no filho deles. Eles estão amenos. Eles entenderam a situação e de onde surgiu. O problema vem sendo a avó do garoto que jogou tudo isso na mídia”, disse.


Avó acusa pai de agressão em áudio; boletim de ocorrência diz não ter ocorrido violência física

Em áudio do qual o Portal Meon teve acesso, a avó afirma que o pai teria tirado o garoto de dentro da escola e levado para um campo de futebol ao lado do colégio onde teria obrigado o menino a abaixar as calças e o agredido verbalmente.

Entretanto, em boletim de ocorrência feito pelos pais, no qual a reportagem teve acesso, é dito “que para tanto não encostou no garoto”.

As agressões verbais, contudo, são confirmadas no boletim de ocorrência, assim como a ida até o campo de futebol e o ato de abaixar as calças.


Pai também formalizou boletim de ocorrência

Assim como os pais do garoto envolvido na polêmica, o pai, acusado de agredi-lo, também protocolou um boletim de ocorrência em uma delegacia de São José dos Campos.

Da mesma forma que foi dito em entrevista exclusiva ao Portal Meon, o homem afirmou no boletim que não encostou no garoto em nenhum momento, mesmo admitindo estar nervoso.

Ele citou sua ida ao colégio para falar com a diretora e pedir um contato para pedir aos pais do outro menino que o vídeo fosse apagado.

Também é falado sobre o momento em que, fora da escola, o próprio garoto que havia "brincado" com seu filho abaixa as calças por conta própria. Ele também relata que todos os funcionários terem presenciado esse momento.

Por fim, ele revela que o filho admitiu que vinha sendo alvo de brincadeiras de tom parecido há semanas, mas o garoto não falava por “estar constrangido”.

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