Messias Ferreira Aposentado, 66 anos
Aposentado Messias Ferreira caminha ao lado de sua esposa, Benedita
Felipe Kyoshy/Meon
O aposentado Messias Ferreira, de 66 anos, começou na última sexta-feira (6), em São José dos Campos, a sua 12ª caminhada até Aparecida. A missão de 2017, no entanto, era especial. É que no ano passado ele sofreu um infarto e ficou entre a vida e a morte.
Ele estava sozinho no carro quando começou a sentir uma forte dor no peito. Sem ninguém por perto para poder socorrê-lo, dirigiu até o Pronto-Socorro do Parque Industrial, na zona sul. Chegando lá, conta que se lembra de pouca coisa.
Messias Ferreira Aposentado, 66 anos
“Quando entrei, perdi o chão. Fiquei entre duas e três horas desmaiado. Foram 30 dias em observação. Fiz uma cirurgia para tirar uma veia da perna e colocar no peito”, comenta.
Até então, Messias nunca tinha tido nenhum problema com doenças. Ele conta que sempre gostou de esportes e praticou capoeira há 30 anos. E mesmo com as restrições, tenta se manter na ativa.
“Agora dei uma parada. Meu mestre quis que eu voltasse, mas não dá para voltar. Só eu sei o que eu passei. Agora estou bem. Tenho que fazer 100% de repouso. Só fazendo caminhada para não ficar parado. São 6,5 km todos os dia”, conta.
Messias caminhou ao lado da esposa, Benedita Ferreira. Devoto de Nossa Senhora, foi a pé para Aparecida pela primeira vez em 2005. A ida até a Basílica era para agradecer a chance de estar vivo e com saúde.
“Agora estou bem demais e não sinto dor nenhuma. Só de repouso. Estou indo para agradecer. Pedir saúde para família, amigos. Eu achei que não voltaria mais. O médico disse que dei sorte. Nossa Senhora me ajudou e ainda me ajuda. Tudo o que eu pedi, eu consegui. Hoje, graças a Deus, posso dizer que sou realizado, mas ainda na luta”, ressalta.
Antes mesmo de completar o percurso até Aparecida, Messias fazia planos para 2018. Garantiu que iria voltar a fazer a caminhada, mas dessa vez de um jeito diferente.
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“Eu ia vir a cavalo, mas a minha esposa não quis vir. Eu só tenho um animal e como não tenho charrete, não tem como. Tive que cancelar. Nunca fui a cavalo. Iria realizar esse sonho. Ano que vem, se Deus quiser, vou conseguir. Quero voltar ano que vem. É muito bom. Com essa saúde, quero mais 100 anos de vida. Se morrer for descanso, eu quero morrer cansado. Não tenho que reclamar. Só agradecer”, completa.
Messias no caminho de Aparecida em sua 12ª jornada a pé
Felipe Kyoshy/Meon
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