Por Marcus Alvarenga Em RMVale

Greve dos Correios completa uma semana nas agências da RMVale

Sindicato diz que empresa está ameaçando não pagar o salário de setembro

Trabalhadores do Correios entram em greve na RMVale - Divulgação/Sintect - 20/09

Trabalhadores durante assembléia de adesão da greve, em 20 de setembro

Divulgação/Sintect-VP

O funcionários dos Correios da RMVale completam nesta quarta-feira (27) uma semana que aderiram a greve nacional em busca da garantia dos benefícios e salários. O Sintect-VP ((Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos do Vale do Paraíba e Litoral Norte) diz que a empresa segue ameaçando a não realizar os pagamentos de setembro em razão das paralisações em todo o país.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Moises Lima, as atividades seguem reduzidas por tempo indeterminado, até que os Correios busque fechar um acordo com os trabalhadores.

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“Estamos protocolando diariamente o pedido na empresa para negociar, mas só depende da boa vontade deles. Nas unidades da região temos uma média de 65% dos funcionários parados, mas os que estão trabalhando devem paralisar caso as ameaças se cumpram. A empresa enviou uma nota declarando que não deve pagar os salários desse mês”, afirma Lima.

Em abril deste ano, os trabalhadores dos Correios já haviam realizado uma greve geral, reivindicando na época a realização de novos concursos e novas contratações, buscando barrar o projeto de privatização da empresa e o impasse sobre o plano de saúde, que segue como pauta na atual paralisação.

Outro lado

Os Correios se manifestaram por meio de nota, informando que existe uma liminar que garante que 80% dos empregados em cada agência, sob pena de multa diária de R$ 100 mil no caso de descumprimento.

"Os Correios ingressarão com ação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). A decisão foi tomada após adesão por parte de sindicatos ligados à Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) à paralisação na noite dessa terça-feira (26).

Na segunda-feira (25), o TST concedeu liminar em favor da empresa, determinando que a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) – que havia iniciado a paralisação no dia 19 - garantisse o efetivo mínimo de 80% dos empregados em cada unidade dos Correios, sob pena de multa diária de R$ 100 mil no caso de descumprimento.

Apesar de o levantamento de efetivo desta quarta-feira (27) apontar o aumento de empregados que aderiram à paralisação (90.607 empregados em todo o país estão trabalhando, o que corresponde a 83,45% do total; no interior do Estado de São Paulo, 87,45% do efetivo está trabalhando – o que equivale a 9.737 empregados; nas cidades que compõem a base sindical do Vale do Paraíba, 77,5% do efetivo está presente e trabalhando – o que corresponde a 1.018 empregados), os Correios continuam colocando em prática as ações do Plano de Continuidade de Negócios, como o deslocamento de empregados entre as unidades e a realização de horas extras. Essas medidas visam minimizar os impactos do movimento à população.

Serviços — Em todo o país, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão suspensos."

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