GM confirma suspensão de turno e pode afetar mais de mil funcionários em São José

A multinacional General Motors confirmou nesta segunda-feira (25) a suspensão de um turno da área de produção na planta de São José dos Campos. A medida poderá afetar 1.200 funcionários da fabricação da caminhonete S10, que poderão ter seus contratos suspensos por tempo indefinido.

O lay-off (suspensão temporária de contratos) é consequência da falta de semicondutores. Estes materiais, que conduzem correntes elétricas, são usados na produção de chips para aparelhos eletrônicos, além de veículos.

A confirmação foi dada durante reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos. A fábrica já suspendeu 250 contratos em julho deste ano.

O sindicato vai se reunir com os funcionários na terça-feira (26) para discutir o tema. Em outra reunião prevista para quarta-feira (27), a GM apresentará condições e período do lay-off.

Segundo o grupo, a área de produção da S10 tem 2.200 trabalhadores divididos em dois turnos. A fábrica de São José tem 3.800 funcionários, que também produzem o modelo Trailblazer.

O que diz a GM

Por nota, a GM alegou que “a cadeia de suprimentos da indústria automotiva tem sido impactada globalmente pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida do que o esperado. Isso vai afetar de forma temporária nosso cronograma de produção na fábrica de São José dos Campos e teremos de reduzir a produção para um turno. Estamos discutindo com o sindicato local alternativas para mitigar o impacto e proteger os empregos.”

Por que faltam semicondutores no mercado mundial?

Com a desaceleração da produção de carros em 2020, montadoras interromperam as encomendas dos semicondutores, de modo que o material foi direcionado ao mercado eletrônico.

Ao retomar o ritmo de fabricação, a demanda pelos condutores já estava alta demais para que suprisse o mercado automobilístico no mundo todo.