Jubinha foi o nome escolhido para o filhote de baleia jubarte avistado entre Ilhabela e São Sebastião, em julho. Divulgado neste domingo (1), Jubinha obteve 34,1% dos 1.482 votos do concurso realizado para escolha do nome do bebê-baleia.
A baleia mãe provavelmente deu à luz nas águas paulistas a caminho da costa da Bahia, considerada ‘berçário’ dessa espécie de mamíferos. O filhote foi fotografado pela primeira vez no dia 14 de julho.
Logo depois do flagrante fotográfico foi lançado o concurso para escolha do nome, uma iniciativa da Viva Baleias&Golfinhos, Instituto Verde Azul, Projeto Baleia à Vista, Mar e Vida Eco Trip, Instituto Argonauta, Sea Shepherd e das prefeituras de Ilhabela e São Sebastião.
O monitoramento das baleias-jubarte em Ilhabela deve continuar, tanto por terra (Ponto Fixo de observação do VIVA Baleias, Golfinhos e cia/Instituto Verde Azul) como por mar (Projeto Baleia à Vista).
De acordo com Júlio Cardoso do Projeto Baleia à Vista, esse esforço conjunto de monitoramento gerou bons resultados, com número recorde de baleias avistadas e fotografadas para identificação.
Cauda do Jubinha, o bebê jubarte
Foto: Marcio Motta/Divulgação/ProjetoBaleiaaVista
Somente neste ano, foram registrados cerca de 400 avistamentos de baleias --isso não significa que foram vistos 400 animais, pois a mesma baleia pode ter recebido mais que um registro. Identificadas, mesmo, foram 101 animais, entre 27 de maio e 20 de julho. No ano passado, durante a temporada toda, que vai até o final de agosto, foram 26 indivíduos identificados.
A identificação das baleias jubarte é feito pelos sinais de sua cauda, que funcionam como uma espécie de RG, e nem sempre essas marcas ficam visíveis para os registros fotográficos.
As baleias jubarte podem medir até 16 metros e chegam a pesar 40 toneladas. Anualmente, elas saem da Antártica em direção ao Brasil para reprodução --aqui fazem o acasalamento e dão à luz os filhotes.
A maioria segue para a costa sul da Bahia, principalmente na região do arquipélago de Abrolhos. Com o aumento da população, agora ela são avistadas com mais frequência também no norte da Bahia e no litoral do Espírito Santo e de São Paulo.
De acordo com Julio, as águas entre Ilhabela e São Sebastião estão se tornando num berçário alternativo das jubartes. “[O Jubinha] não foi o primeiro registro de nascimento de filhote por aqui. Foi o primeiro que conseguimos registrar com vídeos e foto, com identificação, mas ocorreram outros”, afirmou.
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