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FAB reduz compra de cargueiros da Embraer; empresa buscará medidas legais

Considerado a maior aeronave militar fabricada no país, o modelo foi idealizado pela Força Aérea, que contratou a companhia para desenvolvê-lo

Escrito por Ana Lígia Dal Bello

12 NOV 2021 - 21H18

Clauber Cleber Caetano/PR/Reprodução

A FAB (Força Aérea Brasileira) anunciou nesta sexta-feira (12) a redução do número de cargueiros militares KC-390 encomendados da Embraer em contrato assinado em 2014.

Segundo a FAB, “considerando as necessidades” da Força Aérea frente aos recursos anualmente disponibilizados, o Alto-Comando da Aeronáutica decidiu iniciar negociações com a Embraer em abril de 2021 para reduzir a compra para 15 aeronaves, em vez das 28 acordadas inicialmente.

Quatro das 28 unidades foram entregues à FAB , em 2019. Naquele ano, A União ainda não havia cogitado a possibilidade de reduzir a encomenda. Uma cerimônia foi realizada para receber o KC-390, a “maior aeronave militar fabricada no país” e que pode atuar em “missões como de transporte de tropas e de cargas, reconhecimento aéreo, patrulha marítima, combate a incêndios e socorro humanitário”.

“Tal processo, previsto para ser concluído em agosto passado, foi seguidamente estendido, em busca de uma proposta mais aceitável para ambas as partes, sendo finalmente estabelecido o dia 11 de novembro para a conclusão do processo”, diz a publicação.

Como a Embraer não aceitou a proposta da Aeronáutica, a FAB vai iniciar, “dentro dos limites previstos na lei, os procedimentos para a redução unilateral dos contratos de produção das aeronaves KC-390, fato inédito e indesejável nessa importante e cinquentenária relação”.

O KC-390 foi idealizado pela FAB, que contratou a Embraer para desenvolver o modelo, o que levou quase dez anos.

Outro lado

Em nota, a Embraer “comunica aos seus acionistas e ao mercado” que soube apenas hoje sobre a decisão da União de reduzir 25% o valor dos contratos assinados em 2014.

Quando for formalmente notificada pelo governo, a empresa “buscará as medidas legais relativas ao reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos, bem como avaliará os efeitos da redução dos contratos em seus negócios e resultados”.

Apesar das “medidas legais”, a companhia “reitera seu papel de parceira estratégica da Força Aérea Brasileira no desenvolvimento e implantação de soluções e produtos tecnológicos de alto valor agregado”.

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