O ex-delegado seccional de São José dos Campos, Alberto Pereira Matheus Júnior, foi alvo de uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo e da Corregedoria da Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão contra o delegado, nesta terça-feira (4). Ele estaria sendo investigado por suspeita de extorsão contra policiais civis e envolvimento com crimes de corrupção.
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De acordo com apuração do SBT News, o delegado foi alvo de um mandado de busca e apreensão após ser citado no relatório da Polícia Federal (PF), que investiga os envolvidos na morte e os denunciados de Vinicius Gritzbach, o delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), assassinado em novembro do ano passado.
Segundo a investigação, que tem quase 1600 páginas, Alberto Júnior, que esta no nível hierárquico mais alto da Polícia Civil, recebeu transferências bancárias de mais de R$ 5 mil do investigador Eduardo Lopes Monteiro.
O investigador está preso por suspeita de corrupção e esquema com PCC desde dezembro do ano passado. A PF só chegou a Alberto Júnior após apreender e analisar mensagens do celular de Monteiro com o delegado Fábio Baena, que também está preso por suspeita de corrupção e envolvimento com o PCC.
A PF destacou ainda que áudios interceptados demonstram que é “evidente que o Delegado de Polícia Alberto Pereira Júnior faz pedidos constantes de dinheiro” ao investigador. Apesar da movimentação financeira, os investigadores federais não identificaram o motivo do pagamento, mas suspeitaram o fato das mensagens terem sido apagadas do celular analisado.
A investigação teve início após a análise do celular de Eduardo Lopes Monteiro, policial preso em 2024, apontado como um dos nomes citados pelo delator Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que denunciou um esquema criminoso envolvendo policiais civis e o Primeiro Comando da Capital (PCC). As provas levantadas indicam que Alberto Pereira teria recebido transferências via Pix, feitas por intermédio de parentes, como parte do esquema de extorsão.
Com uma longa trajetória na Polícia Civil, Alberto Pereira já atuou como chefe do Departamento de Narcóticos (Denarc), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e da Divisão de Homicídios Regional de Osasco.
Além de Monteiro, outros quatro policiais civis, um advogado e dois empresários, delatados por Gritzbach, também estão presos. As investigações apontam que o grupo teria praticado crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e outros considerados hediondos. A Polícia Federal segue apurando os detalhes do caso.
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