Estudantes conquistaram o título durante evento realizado no Rio de Janeiro
Divulgação
Um grupo de alunos de São José dos Campos conquistaram o troféu de campeão da competição nacional Jornada de Foguetes, que aconteceu nos dias 28 e 29 de outubro, em Barra do Piraí (RJ). A equipe Corvus é formada pelos estudantes Alex Passos de Melo e Silva, Pedro Rodrigues Corrêa e Carlos Eduardo Brasil de Mendonça Rocha e o professor de Ciências, Jarbas Noronha.
“Mais do que a premiação, esses alunos vão levar para a vida a experiência de trabalhar com desafios reais e serem motivados a pensarem fora da caixa. Serão capazes de extrair os números das lousas e pranchetas e colocar em um projeto real”, ressalta Noronha.
A competição, explica o professor, consiste na construção de um foguete de garrafas Pet e uma base de lançamento, com o objetivo de conquistar o maior alcance horizontal possível. A propulsão para os foguetes dos estudantes do Ensino Fundamental é baseada em água e ar comprimido. Já para os alunos do Ensino Médio a propulsão deve vir da mistura de bicarbonato de sódio e vinagre, envolvendo então conhecimentos de Química.
“Participar de uma competição como essa traz muitos benefícios, principalmente quando conseguimos aplicar na prática o conhecimento adquirido em sala de aula”, afirma Carlos Eduardo Rocha, aluno da 2ª série do Ensino Médio. Em 2016, a mesma equipe conquistou o vice-campeonato.
Já em 2017, os alunos foram premiados na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), onde se classificaram novamente para a Jornada de Foguetes. Com um projeto surpreendente para a base de lançamento, a equipe também se destacou por ser a única a lançar com sucesso um foguete de dois estágios. “Fazer um projeto com amigos e vê-lo funcionar é uma experiência que levarei para a vida toda”, aponta o estudante Alex.
A complexidade do projeto exigiu dezenas de horas de trabalho, uma infinidade de lançamentos e uma lista de soluções inovadoras e criativas por parte da equipe, como sistemas internos de mistura de ingredientes, colagens de garrafas para resistir a altas pressões, temporizadores a partir de seringas plásticas e até uma base de lançamento motorizada para controle de ângulo de lançamento.
“O foguete chega a 1,5 metros e decola com aproximadamente cinco quilogramas. Após aproximadamente dois segundos de voo, o segundo estágio se desacopla, completando o percurso”, descreve Noronha.
De acordo com ele, a experiência vivenciada pelos estudantes durante a Jornada de Foguetes demonstra que, com persistência e dedicação, é possível alcançar os objetivos.
“Quando a equipe chegou pela primeira vez à Jornada, havia um descrédito sobre o sucesso do projeto. Diziam que ninguém havia conseguido foguetes de dois estágios. No retorno, neste ano, a frase que ouvimos era que havia chegado a equipe de dois estágios, o que simboliza o sucesso do trabalho desses garotos”, conclui Noronha.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.