O país tem quase 15% de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O tempo médio de desemprego passou de um ano para dois, segundo dados do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Por isso, é essencial estar antenado às melhores estratégias para retornar ao mercado de trabalho. Para desfazer mitos e compartilhar informações úteis, o Portal Meon entrevistou a recrutadora e consultora de carreira Ursula Ferrari.
Afinal, estar desempregado há muito tempo “queima o filme” na hora de buscar emprego?
Estar desempregado desde antes da pandemia, por exemplo, não "queima o filme" do candidato, necessariamente.
“O importante é não deixar de se atualizar, fazer cursos na área. Hoje, é ate difícil falar que você não esta fazendo curso nenhum porque a internet nos possibilita um mundo de aprendizado e tem um monte de instituições que oferecem cursos online gratuitos ou por um valor muito acessível”, recomenda a consultora.
“Essa lacuna vai ser questionada, mas o mais importante para o recrutador é saber se a pessoa continuou se desenvolvendo, mesmo fora do mercado, se continuou antenada à área de atuação dela”, continua.
“Não queima o filme, o candidato só precisa estar preparado para responder essa pergunta numa entrevista. Não precisa entrar nos detalhes (...), o recrutador sabe que são vários os motivos que podem desligar uma pessoa”, tranquiliza Ferrari.
A recrutadora também explica que se deve analisar a necessidade de excluir a curta experiência do CV. “Se, nesse pouco tempo, não fez nada relevante para a carreira ou se essa experiência está entre duas outras grandes, não precisa. Se realizou atividades importantes para a carreira, mesmo que em pouco tempo, pode colocar no currículo. Se está há mais de um ano desempregado e conseguiu essa recolocação, mas ficou pouco tempo, mesmo assim é interessante que coloque, porque já tem uma lacuna grande no currículo”.
Ferrari esclarece que não adianta nada ter perfil “parado” e incompleto. Sem foto, então, nem é clicado pelo recrutador!
“É importante criar habito de criar mensagens personalizadas, publicar dicas ou assuntos relevantes da área de atuação para criar autoridade e ajudar o algoritmo a te mostrar na hora que o recrutador coloca as palavras-chave para buscar determinado perfil”, explica.
Sobre o que fazer enquanto busca trabalho, a consultora recomenda ler livros, manter-se conectado a ex-colegas e fazer trabalho voluntário. “Numa entrevista, o recrutador não vai contar só a CLT. Tudo que possa desenvolver uma pessoa é considerado numa entrevista. Há casos em que a pessoa ficou parada para cuidar dos filhos, soube colocar as habilidades comportamentais que desenvolveu nesse período e foi considerada pelo recrutador”.
“Procurar trabalho é um trabalho, então tem que ter rotina diária, todo dia buscar ativamente as vagas (...). (Além de) trabalhar a parte emocional para tentar manter a ansiedade controlada, fazer exercícios físicos...”, complementa.
Mentira e falar mal de experiências anteriores, Ferrari responde sem hesitar. “(...) Você sempre pode ser questionado, e mesmo se for uma ‘mentirinha’, se o recrutador perceber, dificilmente vai manter esse candidato no processo seletivo”.
“Falar mal de ex-chefe ou ex-empresa mostra falta de inteligência emocional, de autorresponsabilidade, e que a pessoa não aprendeu nada com a situação. Outra soft skill (habilidade comportamental) super em alta é a antifragilidade. Mesmo que a pessoa passe por uma situação difícil, é importante que busque se desenvolver”.
Atualmente, as competências comportamentais pesam tanto quanto as técnicas, na entrevista de emprego.
“Às vezes, um candidato é muito bom tecnicamente, mas a postura dele é negativa, sem entusiasmo. É muito importante mostrar interesse pela vaga, energia na hora da entrevista. Tem que se preocupar em perceber qual o perfil da empresa e se vestir de acordo. Má postura pode, sim, tirar um candidato do processo seletivo”, explica.
Evitar erros de português e gírias também é indispensável.
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