O micro-ônibus capotou e caiu de uma ribanceira na altura do quilômetro 82 da Rodovia Oswaldo Cruz, em Ubatuba
Divulgação/Corpo de Bombeiros
A empresa Aguiatur, de Limeira, interior de São Paulo, dona do ônibus de turismo que caiu numa ribanceira e causou a morte de três pessoas, deixando outras 30 feridas, nesta sexta-feira, 16, na Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), afirmou que o motorista descumpriu o percurso indicado para chegar a Ubatuba, cidade do litoral paulista.
Segundo a companhia, o condutor Anderson Clayton Diniz, de 43 anos, deveria ter seguido pela Rodovia dos Tamoios (SP-99), que tem pedágios, mas optou pela estrada mais sinuosa, sem pedágios. Era a primeira vez que ele fazia o percurso. Diniz está preso e vai responder lesões corporais e homicídios culposos (não intencionais).
À Polícia Civil, o motorista disse que não conhecia o caminho para Ubatuba e seguia um carro que também levava turistas para a cidade do Litoral Norte. Ele não comunicou à operadora a mudança de percurso. Entre o km 78 e o km 86 da Oswaldo Cruz, onde aconteceu o acidente, é proibido o tráfego de caminhões e ônibus devido às curvas fechadas e o trecho íngreme. De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), 22 placas indicam a proibição e a Aguiatur não solicitou autorização especial para a viagem.
O ônibus foi fretado para levar famílias de Limeira, inclusive idosos e crianças, para passar o fim de semana na praia, em Ubatuba. O grupo retornaria neste domingo (17). Segundo a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), a empresa de fretamento não tem licença para o transporte intermunicipal de passageiros no Estado. A empresa não se manifestou a respeito da falta de licença.
O motorista alegou ter ficado sem freios numa descida. O ônibus ganhou velocidade e, na tentativa de freá-lo, ele o jogou contra a mureta da rodovia, mas o veículo acabou tombando sobre a barreira e caindo no ribanceira. Diniz sofreu apenas arranhões.
De acordo com a Polícia, o tacógrafo não funcionava no momento do acidente, mas será submetido à perícia. O motorista continuava preso na manhã deste sábado (16), por não ter pago a fiança de R$ 90 mil. Ele recebeu a visita de um advogado, mas o defensor só irá se manifestar após ser constituído formalmente.
Mãe e filha
Os corpos das três vítimas do acidente, entre elas mãe e filha, estavam sendo velados, neste sábado (16), no velório do Cemitério da Saudade II, em Limeira. O corpo de Maria de Souza Cruz, de 82 anos, e de sua filha Rosemary da Cruz Moraes, de 50, seriam sepultados às 17h no Cemitério Parque de Limeira. Já o corpo de Moacir Quessada, de 52 anos, seria sepultado às 16h30 no Cemitério Municipal de Limeira.
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